A Audiência Nacional "sinalizou entre os dias 3 e 19 de fevereiro do próximo ano o julgamento do ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol Luis Rubiales" por agressão sexual e coação pelo beijo forçado que deu na jogadora ao fim da Copa do Mundo feminina na Austrália, informou o órgão em comunicado.
Também estarão no banco de réus o ex-técnico da seleção feminina Jorge Vilda, o ex-diretor esportivo da equipe Albert Luque e o então responsável pelo marketing da seleção Rubén Rivera, que supostamente pressionaram Hermoso a minimizar a importância do beijo.
O julgamento ocorrerá em San Fernando de Henares, a leste de Madri.
O Ministério Público pede 2,5 anos de prisão para Rubiales, por crime de agressão sexual e coação, além de mais dois anos de liberdade supervisionada após o cumprimento da pena de reclusão, proibição de comunicação ou aproximação com Hermoso por quatro anos e indenização de 50 mil euros (R$ 286 mil na cotação atual) à atleta.
Já para Vilda, Luque e Rivera, o MP solicita um ano e seis meses de prisão.
No dia 20 de agosto, Rubiales beijou a atacante na boca diante das câmeras de todo o mundo, poucos minutos após a vitória da seleção espanhola em Sydney, na final da Copa do Mundo feminina.
O episódio causou uma onda de indignação na Espanha e no exterior, e o então dirigente renunciando ao cargo no mês seguinte.
Desde a recente reforma do Código Penal espanhol, um beijo não consensual pode ser considerado agressão sexual, categoria criminosa que agrupa todos os tipos de violência sexual.