Independente de ter participado direta ou indiretamente do terceiro lugar em equipes, ela foi medalhista junto ao restante dos judocas e com certeza teve sua importância nos bastidores, dando o apoio necessário para seus companheiros.
Em coletiva de imprensa concedida nesta quarta-feira, Larissa relembrou a passagem por Paris e destacou todo o trabalho feito para a conquista das medalhas. A judoca enalteceu todos os treinos mais 'extremos' porque, no final das contas, tudo valeu a pena.
"Pensar que que há dois meses atrás a gente estava aqui no clube chorando muito, treinando muito e... sem entender pra que tudo isso, né? A gente sempre achou... A gente sempre foi treinado pra sair da nossa zona de conforto, mas acredito que dessa vez foi demais, foi bem extremo, mas isso foi bem necessário. Mas valeu a pena, eu acredito que isso foi o que nos fortaleceu, isso foi o que nos deu confiança e nos deu muita sabedoria de sentir que a gente estava completo, que a gente tinha feito tudo o que tinha para fazer", afirmou.
A brasileira completou: "Com certeza, quando a gente subiu no tatame, ter sentido essas dores aqui nos fez querer ficar leve e só transbordar em cima do tatame. Esse sofrimento diário valeu a pena. Então, eu falaria isso para mim e acho que todos eles também. Valeu a pena sofrer, chorar, se dedicar e nos fez acreditar também na gente".
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O bronze que consagrou Larissa
A medalha de bronze consagrou a trajetória de Larissa Pimenta no judô. A atleta iniciou os Jogos de Paris 2024 vencendo Djamila Silva, de Cabo Verde. Em seguida, superou as expectativas e conseguiu bater uma das favoritas ao ouro, a britânica Chelsie Giles.
Foi em seguida que Larissa Pimenta foi derrotada pela atual vice-campeã olímpica, a francesa Amandine Buchard. A judoca do Pinheiros, porém, não desistiu e seguiu lutando para buscar mais uma medalha para o Brasil na modalidade.
Larissa foi para a repescagem, em que encontrou a alemã Mascha Ballhaus e saiu vitoriosa. Para a tão esperada disputa pelo bronze, a brasileira precisou de um mental bastante forte para ganhar da campeã mundial Odette Giuffrida, da Itália, no golden score.
Após a conquista daa duas medalhas de bronze, a judoca brasileira ressaltou a importância dos cuidados com a saúde mental - assim como sua amiga Beatriz Souza havia feito anteriormente. Ela revelou que faz terapia desde os 14 anos e revelou que uma sessão foi determinante para sua confiança na luta final.
"Eu particularmente faço psicóloga desde os 14 anos. Meu primeiro acesso foi aqui no clube (Pinheiros). Sempre tive acesso aos psicólogos. De início era obrigada, mas depois virou um 'vício' (risos). Acho de extrema importância a psicologia conjunta com o esporte. Eu passei por momentos muito desafiadores e acredito que se não fosse a psicologia, não sei se estaria aqui. Um dia antes de eu fazer a luta, a gente se sente muito confusa e insegura, porque a gente pensa no resultado. Mas quando eu tive a sessão com a psicóloga, ela me fez voltar às minhas origens e lembrar o porquê e como eu cheguei lá. Isso fez eu me sentir muito merecedora antes mesmo de eu fazer a competição. Eu cheguei naquele dia me sentindo merecedora antes de pisar no tatame. Eu acredito que isso foi uma das coisas que mais me deu energia para eu me expressar", concluiu a atleta.
Foi com emoção, foi na luta, na garra, na técnica e na força! Foi lindo e foi bronze! Foi dela: Larissa Pimenta! 🥉🥋#mormaii #TimeBrasil #JogosOlímpicos #Paris2024 pic.twitter.com/x1rhpSug7d
— Time Brasil (@timebrasil) July 28, 2024