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Substituído nos acréscimos, James deixa para trás controle de carga e ganha pontos com Carpini

Gazeta Esportiva

Por Marcelo Baseggio

São Paulo, SP
James Rodríguez jogou, pela primeira vez na atual temporada, praticamente a partida toda contra o Cobresal, nesta quarta-feira, no Morumbis, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Após um início de ano marcado pelo controle de carga, visando diminuir os riscos de lesão, o colombiano parece pronto para atuar mais minutos com a camisa do São Paulo.

James, aliás, foi um dos principais destaques do São Paulo na vitória por 2 a 0 sobre o adversário chileno. O colombiano foi quem iniciou a jogada que resultou no primeiro gol do São Paulo, além de ter participado dos principais lances de sua equipe ao longo da partida.

“Precisamos ver o pós, como ele [James Rodríguez] vai se apresentar amanhã. A gente sabe que ele passou um pouco do limite. No dia anterior ao jogo ele me chamou para conversar e se dispôs a fazer o que fez. Hoje sinto que tenho o controle do grupo, eles me dão esse respaldo. A aceitação de ideias está cada vez mais clara”, comentou o técnico do São Paulo, Thiago Carpini.




Para tentar extrair o máximo de James Rodríguez em campo sem perder o equilíbrio defensivo, o treinador são-paulino decidiu apostar em um esquema tático com três zagueiros. Para muitos, tal sistema pode ser visto como exageradamente defensivo, sobretudo considerado o modesto adversário desta quarta-feira, mas não para Thiago Carpini.

“Em relação aos três zagueiros, muita gente pode pensar que estou mudando um trabalho bem encaminhado do Dorival. É um processo de reformulação, novas ideias. Digo aos atletas que, talvez, se a gente fizer as mesmas coisas, teremos os mesmos resultados. Discordo que três zagueiros seja uma formação defensiva. Claro que em alguns momentos o nervosismo e a ansiedade de querer a vitória possam ter atrapalhado. Não tivemos tanto tempo para trabalhar com essa formação”, prosseguiu Carpini.

Além de dar mais liberdade a James Rodríguez, o esquema com três zagueiros também foi escolhido devido à ausência de Ferreirinha, que acabou se lesionando na véspera do confronto com o Cobresal.

“Com três zagueiros temos mais amplitude pelos lados, mais profundidade. O Ferreira jogaria na vaga do Michel, então conseguimos ter profundidade, proteger mais as transições do Cobresal, que era o esperado. Tentamos controlar alguns erros que vinham sendo recorrentes na nossa linha de defesa. Quantos clubes você vê fora do País que jogam com três zagueiros e não são defensivos? Meu sonho é ter todos os atletas à disposição um dia, é isso que espero, colocar essas ideias, ter as variações e entregar o melhor para o nosso torcedor”, concluiu.

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