O São Paulo ainda pode sonhar com uma vaga na Copa Libertadores de 2018. Na tarde deste domingo, o time tricolor superou um erro grave da arbitragem e três desfalques importantes para vencer o Coritiba, por 2 a 1, de virada, diante de 38 mil pessoas no Estádio Couto Pereira, em duelo válido pela 37ª e penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.
Sem contar com Petros, suspenso, e os machucados Lucas Pratto e Hernanes, o técnico Dorival Júnior mandou a campo três jovens atletas revelados em Cotia: Araruna, Brenner e Shaylon. Este último, inclusive, deu as assistências para Éder Militão e Matheus Galdezani (contra) marcarem os gols do triunfo do Tricolor, que encerrou um jejum de quatro jogos sem vitórias.
Com o resultado, o São Paulo chegou aos 49 pontos, assumiu o 12º lugar e garantiu classificação à próxima Copa Sul-Americana. Para disputar a Libertadores de 2018, a situação é mais complicada: a equipe precisa de uma combinação de resultados na última rodada do Brasileiro e torcer para o G7 virar G9 com os títulos continentais de Grêmio e Flamengo. Já o Coritiba, que soma 43 pontos, caiu para a 16ª posição e ainda corre risco de rebaixamento.
Em sua despedida da temporada 2017, o São Paulo enfrentará o Bahia, no próximo domingo, às 17 horas (de Brasília), no Morumbi. No mesmo dia e horário, o Coritiba buscará a sua manutenção na Série A diante da Chapecoense, em Santa Catarina.
O Jogo – A primeira chance de gol da partida foi do São Paulo. Logo aos quatro minutos, aproveitando saída errada de Wilson, Shaylon roubou a bola e deixou Brenner na cara do arqueiro do Coritiba. O garoto, que estreou como titular no profissional, mandou por cima da meta, no entanto.
Melhor na partida, o Tricolor voltou a assustar aos 19 minutos. Shaylon tentou de longe, o arremate saiu fraco e foi amortecido pelo zagueiro do Coxa. Só que a bola sobrou para Brenner, que, livre de marcação na pequena área, mandou em cima de Wilson, desperdiçando sua segunda grande oportunidade na partida.
Tendo dificuldades para se infiltrar na defesa são-paulina, o Coritiba precisou de uma bola área para fazer Sidão trabalhar. Após cobrança de escanteio pela esquerda, o volante Alan Santos subiu mais alto que todo mundo e testou no canto direito, exigindo grande defesa do arqueiro tricolor.
O Coritiba abriu o placar aos 42 minutos graças a um erro da arbitragem. Em disputa pelo alto dentro da área, Tiago Real tocou a bola com a mão, mas o juiz Anderson Daronco, auxiliado pelo adicional Eleno Todeschini, marcou pênalti entendendo que Edimar havia sido o infrator. Na cobrança, o goleiro Wilson bateu forte no canto direito, sem chances para Sidão.
O São Paulo não digeriu bem o gol irregular e voltou mal para a etapa complementar, sem poder de criação, o que fez o técnico Dorival Júnior sacar Araruna e colocar Thomaz em campo.
Aos poucos, o time visitante foi melhorando e alcançou o empate aos 22 minutos. Shaylon arriscou de fora da área e acertou o poste esquerdo de Wilson após desvio no zagueiro Werley. Na cobrança de escanteio, Militão ganhou pelo alto e cabeceou forte, recolocando o Tricolor na partida.
E a virada não demorou para acontecer. Aos 26, Shaylon efetuou a sua segunda assistência no jogo ao cobrar falta na área, onde o volante Matheus Galdezani, pressionado por Rodrigo Caio, testou contra as próprias redes. Bem organizado defensivamente, o Tricolor só teve a vitória ameaçada nos acréscimos, quando Sidão duas defesas em sequência, garantindo o triunfo dos visitantes.
FICHA TÉCNICA
CORITIBA 1 X 2 SÃO PAULO
Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR)
Data: 26 de novembro de 2017, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS)
Público: 38.059 pagantes
Renda: R$ 788.580,00
Cartão Amarelo: Cléber Reis, Yan Sasse, Werley e Dodô (Coritiba); Marcos Guilherme (São Paulo)
Cartão Vermelho: -
Gols:
CORITIBA: Wilson, aos 42 minutos do primeiro tempo
SÃO PAULO: Éder Militão, aos 22, e Matheus Galdezani (contra), aos 26 minutos do segundo tempo
CORITIBA: Wilson; Dodô, Werley, Cléber Reis e Carleto; Jonas, Alan Santos (Edinho) (Iago), Tiago Real e Yan Sasse (Matheus Galdezani); Rildo e Henrique Almeida
Técnico: Marcelo Oliveira
SÃO PAULO: Sidão; Éder Militão, Arboleda, Rodrigo Caio e Edimar; Jucilei, Araruna (Thomaz) e Shaylon; Cueva, Marcos Guilherme e Brenner (Júnior Tavares)
Técnico: Dorival Júnior