Segundo o UOL Esporte, o Dínamo Kiev cobra o time do Morumbi desde novembro e, sem resposta, acionou a Fifa na semana passada. Tchê Tchê foi contratado em março de 2019 por 5 milhões de euros, cerca de R$ 22 milhões no período da transferência. A compra foi efetuada em parcelas e a equipe brasileira não arcou com parte do valor.
Mas esse atraso são-paulino possui uma justificativa. Segundo apuração da Gazeta Esportiva, a falta de pagamento por parte do River Plate na compra de Lucas Pratto contribuiu para a indefinição tricolor com a equipe ucraniana. O atacante foi adquirido por R$ 44,3 milhões e o clube argentino possui uma dívida pendente com o São Paulo de cerca de R$ 9 milhões.
Além disso, a reportagem da Gazeta Esportiva apurou que, por conta da falta de pagamento por parte do River, a diretoria do Tricolor Paulista dividiu a última parcela em três vezes, ou seja, 500 mil euros por mês.
O clube paulista efetuou dois terços do pagamento e, antes de pagar a última parte, foi notificado pelo Dinamo que o clube ucraniano entraria na FIFA pelo atraso, se opondo ao que havia sido acordado inicialmente.
No entanto, o responsável por julgar o caso na Fifa é o mesmo que está à frente do imbróglio entre River Plate e São Paulo por Pratto. Por conta disso, ele entende que o clube depende do dinheiro da multa pelo atraso do pagamento pelo atacante para quitar as pendências com o clube de Kiev.
A dívida referente ao atacante argentino, inclusive, fez com que o Tricolor recorresse à Fifa no ano passado, de maneira semelhante ao protesto feito agora pelo Dínamo de Kiev à entidade máxima do futebol. O São Paulo também não concordou com algumas imposições feitas pelo time ucraniano, o que culminou com a ida da equipe na Fifa.
O São Paulo fechou o ano de 2019 com um déficit de quase R$ 180 milhões. O clube procura diminuir aliviar o orçamento durante a temporada de 2020.