“O Morumbi é um estádio fantástico. Morumbi, tá? Para mim, é Morumbi e sempre será Morumbi”, começou Rogério Ceni, sinalizando que é avesso aos naming-rights do estádio do São Paulo.
“Sempre um encontro bacana, legal. Claro que gostaríamos que eles [torcedores] torcessem para nós, mas não dava, porque éramos o time contrário. Venho aqui sempre para vencer, não importa contra quem for. No momento que estiver trabalhando, é para vencer. Tentei fazer meu melhor novamente hoje, lutei com tudo o que tinha. Infelizmente, não deu. Os dois últimos jogos jogamos muito bem, hoje não fizemos um jogo ruim, mas falhamos além do normal defensivamente e com pouca inspiração ofensiva. Tivemos volume de jogo, mas não tivemos inspiração”, completou.
As demonstrações de carinho começaram logo que Rogério Ceni desceu do ônibus que transportava a delegação do Bahia. Muitos torcedores que tiveram acesso à entrada do corredor que dá acesso aos vestiários do Morumbis puderam tirar fotos com Rogério Ceni e ter itens como camisas e luvas de goleiro autografadas por ele, bastante gentil com todos.
Posteriormente, ao subir ao gramado para o início do jogo, Rogério Ceni preferiu não chamar atenção, se dirigindo ao banco de reservas discretamente. A torcida, entretanto, fez questão de entoar o famoso cântico “P*** que pariu, é o melhor goleiro do Brasil! Rogério!”.
Mas, a cena mais curiosa foi quando o São Paulo teve uma falta marcada ao seu favor na entrada da área. Prontamente o estádio todo começou a gritar o nome de Rogério Ceni, como se ele pudesse efetuar a cobrança, a exemplo do que acontecia em seus tempos de jogador.
“Hoje se eu fosse bater, eu ia chutar para fora, porque era contra o meu time, hoje meu time é o Bahia. Mas, sou grato por todo o carinho, pela história de vida que construí aqui. O torcedor são-paulino vai feliz para casa, nós voltamos tristes para Salvador”, concluiu.