Análise: empate sai barato para um São Paulo que não jogou no Rio de Janeiro
Por Redação
São Paulo, SPSomente no primeiro tempo o Botafogo teve 11 finalizações a gol, contra apena uma do São Paulo. Parte desses chutes foram chances claras, que poderiam perfeitamente ter colocado os donos da casa em vantagem no placar. Enquanto isso, o Tricolor era estéril dentro das quatro linhas. Lucas Moura e Calleri, principais armas ofensivas do time, nada produziram e ficaram reféns da falta de criatividade do meio-campo.
Dizer que o São Paulo soube sofrer talvez não seja a melhor definição do que foi a partida. O Tricolor, na verdade, teve sorte. Em muitos momentos o time não conseguiu neutralizar as investidas do rival e ficou à mercê da falta de pontaria dos botafoguenses ou das defesas do goleiro Rafael.
De qualquer forma, o empate sem gols no jogo de ida, no Rio de Janeiro, é um excelente resultado para o São Paulo, que na próxima quarta-feira jogará em casa na busca pela classificação à semifinal da Copa Libertadores. Assim como foi no Nilton Santos, o Morumbis estará lotado para a partida decisiva, e o Tricolor costuma ser muito forte dentro de seus domínios.
Se antes o Botafogo era o grande favorito nesse confronto eliminatório, agora a situação é bastante diferente. O “fator casa” terá um peso considerável. O Morumbis costuma ser uma fortaleza para o São Paulo, porém, para conquistar a tão sonhada classificação, Lucas, Calleri e companhia terão de apresentar muito mais do que apresentaram nesta quarta-feira no Rio de Janeiro.
Nem sempre a sorte estará do lado tricolor. Nem sempre os atacantes do Botafogo não estarão com a pontaria calibrada. O técnico Luis Zubeldía tem uma semana para promover ajustes, avaliar o jogo de ida e definir a melhor estratégia para a partida de volta. Antes disso, o São Paulo receberá o Internacional, no Morumbis, domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Os reservas tentarão dar conta do recado novamente na competição por pontos corridos, enquanto os principais nomes do elenco descansam e se preparam para o “duelo do ano”, com a responsabilidade de render muito mais do que renderam no Nilton Santos.