Técnico da queda do Santos, Marcelo Fernandes cita alívio com acesso próximo e exalta trabalho de Carille
Por Redação
São Paulo, SPO profissional teve dificuldade de lidar com a queda, mas disse que fez uma oração logo após a derrota, ali mesmo na capela da Vila Belmiro, e pediu que Deus ajudasse o clube a se reerguer. E, segundo ele, as preces foram atendidas.
Marcelo exaltou o trabalho do técnico Fábio Carille e valorizou o elenco do Santos. Ele, ainda, citou alívio por colocar o time muito perto do acesso.
"Dia 6 de dezembro do ano passado, era 1h30 da manhã, 2h, e foi um dia horrível para a gente, para mim principalmente. A gente se doou ao máximo. Eu sentei ali na capela e fiz uma oração. Disse que, se era isso que Deus queria para a gente, que a gente aceitasse e levasse como aprendizado. Foi muito dolorido. Pedi muito para Deus juntar esse clube, fazer esse clube voltar ao seu devido lugar. É o clube que a gente ama, que a gente se doa. E Deus foi muito bom para mim. Deus fez tudo muito bem. Três dias depois daquilo, tivemos uma eleição que colocou uma diretoria que está trabalhando muito. Está sendo um ano maravilhoso. A diretoria colocou um baita profissional aqui [Carille], junto com toda a comissão técnica. Os jogadores que aqui estão, se vocês prestar atenção em outros clubes que caíram, não montaram um elenco tão forte, com atletas de nível. Tudo o que pedi naquela oração, Deus me abençoou", disse o auxiliar.
"Não digo que estou feliz, a felicidade faz parte, mas estou aliviado. Passa um filme na cabeça. A gente trabalha tanto, escuta muita coisa que não tem nada a ver. A gente só tem que trabalhar, é o que fazemos de melhor. Só tenho a agradecer a todos. É um privilégio trabalhar num clube desse tamanho, que a gente ama, com uma comissão técnica excelente e um grupo como esse que aqui está. Só tenho a agradecer, só isso. Estou feliz por esse clube, que voltou a seu devido lugar", acrescentou.
Marcelo Fernandes fez críticas à última gestão do Peixe, presidida por Andres Rueda. Mas, não só a essa. Ele criticou várias das últimas diretorias que passaram pelo clube e pediu que a torcida confie no presidente atual, Marcelo Teixeira.
"O aprendizado não é só do ano passado, é do últimos três anos, sem contar com esse, que passamos. Eu estava dentro do clube, posso falar. É importantíssimo ter comando forte no futebol, o Santos está provando que tem. Quando tem, as coisas acontecem naturalmente, como está sendo esse ano. Foram muitos anos deixados para trás, não interessa quem era, não vou citar nomes, mas vivi de perto. Foi muito duro um clube do tamanho do Santos passar pelo o que passou. Fiz um jogo contra o São Bento aqui que poderíamos ser rebaixados no Paulista. Mas o Santos é muito grande, peço à torcida que confie no presidente. É hora de todos se juntarem para o Santos ir para a cabeças em 2025", afirmou.
"Não falo única e exclusivamente da última diretoria. Vocês sabem que há muito tempo vêm acontecendo essas coisas no Santos. Não é problema meu, não trabalho com política. Meu negócio é dentro de campo. Posso te garantir que todos os atletas que estavam aqui no ano passado representaram muito bem a camisa. Por outros motivos, as coisas não aconteceram. No ano passado, todos os atletas estavam conscientes do que tinha que ser feito, infelizmente não aconteceu. Todos se doaram muito, assim como nesse ano. Só tenho a agradecer a todos do ano passado e desse ano", concluiu.
O auxiliar também acredita que muitas das críticas de torcedores ao trabalho de Fábio Carille são exageradas. Após o técnico emplacar este discurso, o profissional comprou a ideia e pontuou que a equipe alcançou os objetivos traçados no início do ano.
"A minha avaliação é como ele [Carille] falou, missão dada é missão cumprida. No início do ano, o presidente falou dos objetivos que foram traçados. Era fazer um Paulista digno, arrumar uma vaga na Copa do Brasil e conseguir o acesso. Isso foi traçado e foi tudo cumprido. Claro, percalços existem. O trabalho do Carille, para mim, é excepcional. O interno é muito prazeroso de trabalhar, é muito sério, verdadeiro. A gente trabalha. A gente vê o externo, as coisas são um pouco demais, não é tudo isso, como ele falou. Falam muita coisa. Mas o que basta para gente é trabalhar. E ele fez bem", finalizou.
O Peixe lidera a Série B do Campeonato Brasileiro, com 65 pontos. Se o Ceará perder ou empatar contra o Avaí, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), o Alvinegro Praiano estará matematicamente garantido na Série A.
O próximo compromisso do Santos na Segunda Divisão ocorre na segunda-feira da semana que vem, dia 11. A equipe enfrenta o Coritiba, no Couto Pereira, às 21h (de Brasília), pela antepenúltima rodada do torneio.