O escolhido para cumprir tal objetivo foi Jesualdo Ferreia, experiente treinador de 73 anos com passagens vitoriosas pelo futebol português, árabe e egípcio. Logo na sua primeira entrevista como comandante do Peixe, o português, que estava aposentado, demonstrou todo o seu conhecimento e carinho pelo clube.
O bom humor visto na sua coletiva de apresentação, no entanto, foi se perdendo ao longo dos resultados pouco satisfatórios obtidos pelo Santos no começo da temporada. Apesar das vitórias diante do Guarani e Inter de Limeira, a equipe de Jesualdo Ferreira oscilava muito e sofreu para empatar contra Bragantino e Ferroviária, por exemplo.
Após as derrotas diante do Corinthians e Ituano, o comandante ficou ameaçado no cargo e ouviu vaias da torcida, mas manteve o discurso de que precisaria de tempo para ajustar o time. Diante da clareza de que o Peixe estava apresentando uma melhora, a diretoria o manteve no cargo. E a reviravolta veio logo na estreia da Libertadores.
Enfrentando o Defensa y Justicia, da Argentina, o Santos foi dominado durante o primeiro tempo e perdia por 1 a 0 no intervalo. Jesualdo então promoveu a entrada de Jobson e Kaio Jorge, que seriam os responsáveis por virar a partida e garantir os três pontos.
Dali em diante, o Peixe engatou três vitórias consecutivas, contra Mirassol e Delfín-EQU. Resultados esses que garantiram a liderança isolada do Grupo A do Paulistão e Grupo G da Libertadores.
O responsável por acabar com a sequência de Jesualdo Ferreira foi Fernando Diniz. O time da Vila Belmiro vencia por 1 a 0, quando Jobson recebeu cartão vermelho, e o Tricolor Paulista foi às redes duas vezes com Pablo para garantir a vitória no último jogo antes da pausa forçada.
Após o fim da paralisação por conta do novo coronavírus, Jesualdo tentará manter os bons resultados e o padrão de jogo que, aos poucos, vai implementando no Santos.