O atacante peruano Paolo Guerrero justificou o consumo acidental de um chá de coca, que o fez ser acusado de doping e o tirou da disputa da Copa do Mundo deste ano, na Rússia. O centroavante também aproveitou para detalhar o dia da ocorrência, em um hotel.
"A nutricionista escutou que pedi um digestivo ao doutor e ela sugeriu tomar um chá de anis, para que fosse melhor, já que estava com o estômago inchado. Me trouxeram uma caneca de chá e comprovei que era um chá de anis, e eu mesmo o dissolvi na água e tomei", falou o jogador a BBC.
Guerrero também citou a presença de outras pessoas no momento do consumo. "Pedimos bebidas. Minha mãe tomou uma Coca Cola, meu amigo tomou um café, o outro bebeu água. E outros três amigos pediram chá de anis e nos trouxeram a jarra já preparada. Nós bebemos pensando que era chá de anis. No primeiro, pude comprovar que era de fato anis, mas no segundo, não comprovei porque já veio preparado. Mas não sabia", continuou justificando.
"Não tenho porque ingerir chá de coca porque isso não melhora o rendimento e porque sei, e tenho muito claro, que é uma substância proibida para qualquer atleta. Menos ainda jogando na oportunidade que tínhamos (de ir ao Mundial), faltando duas partidas para a classificação. Não teria porque ingerir uma substância que poderia me afetar ou prejudicar minha carreira", completou.
Por fim, o ex-atacante do Flamengo e do Corinthians destacou a sensação de proteção na hora de tomar o chá. "Não sabia que me viria um chá de coca quando havia pedido um de anis. Senti que estava em uma área protegida, em uma que teria confiança que a nutricionista e o doutor fariam a supervisão de tudo", concluiu.