Técnico do Palmeiras sub-20 cita trabalho com Abel e comissão e diz como prepara base para o profissional
Por Victória Romanelli
São Paulo, SPAlém dos mais de 23 mil torcedores, também assistiram ao duelo in loco o treinador da equipe principal Abel Ferreira e membros de sua comissão, incluindo Vitor Castanheira. Lucas Andrade citou o trabalho de integração entre base e profissional e contou como busca replicar as ideias da comissão portuguesa em seu time.
"O Abel conhece os jogadores, acho que o jogo mostra a face deles frente a torcida frente ao contexto de pressão, mas o Abel, a comissão portuguesa, conhece muito bem os jogadores sabem quem são eles. Então eles têm que ter tranquilidade disso. É um contato diário a gente hoje tá no mesmo espaço, né? A gente fica feliz de poder dividir hoje o espaço do profissional", disse.
"A interface diária é com o Vitor Castanheira, auxiliar responsável pela categoria de base, mas o Abel, por vezes vai e comunica com a gente algumas situações que são mais específicas ou mesmo só para dividir uma opinião de positividade no geral, parabenizar quando a gente consegue conquistas ou movimentos que que são interessantes", seguiu.
Abel Ferreira tem aproveitado bastante a base palmeirense. O elenco campeão brasileiro pelo sub-20 conta com jogadores que inclusive já estrearam no time profissional, como o caso do atacante Luighi, que também já balançou a rede na equipe de cima. Outros como Benedetti, Deivid, Patrick e Figueiredo já foram relacionados em jogos do principal.
"O que eu procuro fazer é representar os valores que o jogo do profissional tem dentro da nossa equipe sub-20. Eu acho que não faria sentido nenhum a gente jogar ser campeão de uma maneira distinta que joga a nossa equipe principal. Então procuro observar muitos jogos ter muita clareza do que o Abel e a comissão pensa para que a equipe sub-20 possa replicar da melhor maneira possível as características", declarou.
"A gente não pode ganhar sem formar (jogadores). A cobrança é muito forte em cima disso. O João Paulo cobra o tempo todo que a gente tenha jogadores que tenha um perfil para ascender o profissional mesmo que às vezes entregue resultados esportivos, mas se não vai ascender, a gente não pode dar continuidade no processo deles. Vencer representa a marca representa o trabalho, representa a valorização dos atletas dos profissionais. A vitória dá visibilidade, dá esse espaço para que a gente possa se comunicar. Então, acho que vale mais para isso. A base tem que colocar jogador para o Abel ter condições de seguir o trabalho, esse é o grande motivo da nossa existência, né? Quando dá para ganhar, a gente fica feliz, mas quando não dá que seja sempre formando jogadores", finalizou.
O técnico Lucas Andrade agora retoma as atenções com sua equipe para disputa da Copa do Brasil. As Cria da Academia voltam a campo na quinta-feira em estreia da Copa do Brasil sub-20, contra o União ABC-MS. A bola rola às 15 horas (de Brasília), no Estádio Bruno José Daniel, em Santo André.