A derrota por 1 a 0 para o Nacional, no Uruguai, foi ainda mais doída para Gabriel Jesus, vítima de racismo por conta de um torcedor que imitou um macaco ao se aproximar dele durante o jogo. Mas a partida fez Cuca se convencer de que o atacante de 18 anos merece ser titular.
“O Gabriel Jesus mostrou que tem de ser titular”, admitiu o treinador, que estreou no Palmeiras, nessa quinta-feira, mantendo o jogador entre os reservas. Mas o atleta entrou no intervalo e, com dois minutos de segundo tempo, deu a primeira finalização da equipe, obrigando o goleiro Conde a fazer boa defesa.
A justificativa para Gabriel Jesus virar reserva é que Cuca, com pouco tempo para treinar, se baseou na escalação da vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, no domingo, quando o interino Alberto Valentim deixou o atacante no banco. Daquela formação para a que iniciou o jogo no Uruguai, só saíram o volante Matheus Sales e o meia Robinho para as entradas do lateral esquerdo Egídio e do volante Gabriel.
“Mudanças mesmo foram o Zé Roberto no meio, para ter uma triangulação maior que não aconteceu com o Egídio e o Dudu, e a volta do Gabriel, que entrou muito bem. No segundo tempo, voltamos com o básico, com o Robinho armando por dentro, e melhorou. Só que o Nacional se fechou e mereceu ganhar”, analisou o treinador.
Para visitar o Grêmio Osasco Audax, no domingo, pelo Campeonato Paulista, além de Gabriel Jesus no lugar de Allione, a tendência é de que Robinho entrar na vaga de Egídio, com Zé Roberto voltando à lateral esquerda. A mudança mais certa, porém, é na atitude: Cuca quer o time empenhado como no segundo tempo da derrota em Montevidéu.
“Vi a entrega dos jogadores no segundo tempo, com vontade de buscar o resultado a todo momento, sem deixar para trás, lutando até o fim. Vamos pegar essas coisas boas que fizemos, corrigir os muitos erros do primeiro tempo, principalmente em termos de atitude, e resolver internamente outras coisas que detectamos”, indicou o técnico.