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(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Endrick revela tristeza por falta de espaço no Palmeiras, mas rechaça insatisfação com Abel Ferreira

Gazeta Esportiva

Por Felipe Leite

São Paulo, SP
Endrick participou de somente três dos últimos nove jogos do Palmeiras na temporada. A joia alviverde voltou a ser acionada por Abel Ferreira na última quarta-feira (30), no empate do Verdão com o Deportivo Pereira por 0 a 0 — em partida que sacramentou o avanço palestrino às semifinais da Libertadores.

Após a partida, Endrick reconheceu que fica triste por não jogar com frequência, mas negou qualquer tipo de insatisfação com o comando do técnico português.

"Ando agradecendo e fazendo minha parte. Falar para você que não tenho ansiedade nenhuma, não fico bravo por não estar jogando. Não fico bravo porque tive uma conversa com o Abel, e queira ou não, ele me tranquilizou. Jogar ou não jogar, ele fala que o importante é trabalhar. Exemplo do nosso Doc (Gustavo Magliocca), não tem tempo para ficar reclamando da vida. Só agradeço pelo meu tempo de vida, ando fazendo o que eu gosto, que é jogar bola. Fico treinando, buscando meu espaço", explicou.




"Fico um pouco triste por não estar jogando, mas tenho que segurar isso", finalizou Endrick para a ESPN.

Na entrevista coletiva depois do confronto, Abel também falou sobre o atacante. Segundo o europeu, jogar na equipe principal do Palmeiras exige um outro tipo de preparação física e mental — por isso a falta de espaço.

"Volto a dizer que jogar na equipe principal não é igual a jogar na base. Não é igual. Em muitos aspectos: não tem o número de jornalistas que tem aqui, cobrança, torcida, comentários em redes sociais, pressão. Há coisas que controlamos e outras não. Tudo aconteceu muito rápido, em um ano e meio foi campeão do sub-17, sub-20, seleções. Ainda veio ser campeão aqui, na principal. Um mundo de expectativas. É normal na nossa vida, nas nossas profissões, termos momentos de grande inspiração e, em outros, saber lidar com as frustrações", disse Abel.

"Esse tipo de frustração e tudo que ele fizer aqui é para ele tentar trabalhar porque quando ele for para o outro lado, vai começar tudo do zero. Ele pode fazer vinte gols aqui ou pode não jogar mais porque quando for para o Real Madrid vai começar do zero. Ninguém garante nada que se ele jogar e fizer 30, 50 gols aqui, vai chegar lá e vai acontecer. Eu não sei o que vai acontecer, vai ser ele quem vai decidir. Aqui ele só tem que fazer uma coisa: se preparar. Há jogadores que sonham a vida inteira com uma oportunidade de ir jogar no Real Madrid. Esse moleque, criança, miúdo, em um ano e meio, conseguiu isso tudo. Foi campeão de tudo na base, das seleções, da principal, com toda a imprensa a meter pressão. Agora como todo jogador no mundo, como Ronaldo, Neymar, Messi, tem momentos altos e baixos e ele vai ter que lidar com isso. E nós estamos aqui para isso, por isso eu sou treinador da equipe principal. Nós estamos aqui para ajudá-lo. Mas não é só ele", completou.

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