Egídio isenta técnico de culpa por oscilação do time durante reta final
Por Theo Chacon*
São Paulo, SPApós chegar ao Palmeiras com a temporada já em disputa, por intermédio de Marcelo Oliveira, com quem emplacou o bicampeonato brasileiro no Cruzeiro, entre 2013 e 2014, o lateral Egídio mostrou os reflexos da gratidão que tem pelo treinador nesta terça, às vésperas da semifinal contra o Fluminense. Criticado, recentemente, por uma parte da torcida, o jogador mostrou indiferença com relação aos xingamentos e negou que o técnico tenha culpa por conta das atuações irregulares do time.
Derrotado pelo Sport no fim de semana diante da torcida, o Palmeiras segue a dois pontos do Santos, último time no G4 do Brasileiro, mas agora ocupa a oitava posição, tendo Sport, Internacional e São Paulo à sua frente na luta pelo grupo dos quatro primeiros. Com as aspirações no nacional mais distantes, o jeito agora é focar na Copa do Brasil, que pode representar um caminho mais curto à Copa Libertadores e a redenção do elenco após altos e baixos no Brasileirão.
"A culpa não é do Marcelo. É tudo um conjunto, um time. Quando os jogadores oscilam, a comissão técnica também tem a ver com a questão. Lá no Cruzeiro era um time que deslanchou de tal forma e teve uma sequência do começo ao fim do campeonato, e aqui ainda estamos oscilando um pouco", reconheceu. "Mas, nos jogos decisivos, o Palmeiras sempre se mostrou gigante como ele é, e espero que isso se confirme mais uma vez nesta quarta", completou Egídio, que fez mistério, mas pode figurar entre os titulares.
Garantindo saber lidar com a pressão que vem das arquibancadas, e que promete ser grande por conta das 37 mil entradas vendidas e a necessidade dos mandantes marcarem, ao menos, um gol, Egídio diz ter sorte nos grandes jogos. "Nossa concentração total é para classificar, não tem outro pensamento que não seja esse. Todo atleta trabalha para jogar os grandes jogos, e graças a Deus sempre fui muito abençoado. Todos nós gostamos dos desafios, e esse tipo de jogo é um dos melhores para mostrarmos nosso futebol", reconheceu.
Defendendo que a queda de rendimento do Palmeiras não tem "nada de anormal", o lateral relatou que o início do mau momento coincidiu com a lesão do volante Gabriel, que machucou o joelho e só retomará as atividades em 2016. Sem o marcador que realizava, sobretudo, a cobertura pelo lado esquerdo, Egídio mostrou confiança nos companheiros de elenco.
"Eu oscilei junto com o time, sinceramente, não sei se foi a saída do Gabriel que interferiu. Ele estava muito bem, mas o time não foi formado em torno de um jogador. O elenco foi feito com atletas de qualidade e tenho certeza que quem entrar no lugar vai dar o melhor pelo Palmeiras", admitiu o camisa 66, que em diversas oportunidades durante a coletiva se referiu ao confronto desta quarta como "uma final antecipada"; "o jogo do ano".
*especial para a Gazeta Esportiva