No segundo gol do Tricolor das Laranjeiras na partida, o volante 'dormiu no ponto', Jhon Arias fez o desarme e acionou John Kennedy. O camisa 9 deu lindo drible em Gustavo Gómez, mas demorou para chutar — por sorte, a bola voltou para o pé de Arias. O colombiano tentou encobrir Weverton, que fez linda defesa no reflexo, mas o próprio John Kennedy aproveitou o rebote: 2 a 0.
Depois do embate, Abel Ferreira tirou a responsabilidade das costas de Jailson.
"Os erros dentro do campo são meus, o culpado sou eu. Sou eu que escolho os jogadores, sou eu que tiro, então a responsabilidade é minha", limitou-se a dizer o português.
O jogo diante do Fluminense foi o 21º do volante como atleta do Alviverde na temporada — o 41º ao total.
Durante o período em que ficou fora, Jailson foi defendido publicamente por Abel Ferreira. O técnico português, que chegou a cogitar utilizar o jogador até mesmo como zagueiro, enfatizou que era questão de tempo para o volante superar problemas pessoais e voltar às partidas.
Confira todas as respostas de Abel Ferreira na entrevista coletiva após a derrota para o Fluminense:
Arbitragem e análise da partida
"(Arbitragem) vocês que têm que avaliar, cansei de falar disso. O jogo até que começou intenso, Fluminense começou melhor, pressionou, fez um gol em um pênalti. Minha equipe chutou bastante, tivemos sete finalizações a uma no primeiro tempo, 18 a 10 no total, 8 a 0 nos escanteios. Futebol é isso, alguém ganha e alguém perde. Hoje perdemos, infelizmente fizemos apenas um gol. Tivemos uma chance com o López na grande defesa do Fábio, e isso colocaria a gente no jogo. É dar os parabéns para a equipe que foi eficaz, aproveitou bem, fechou e transitou bem. Foram mais eficazes que nós, tendo em conta os números do jogo."
"Nós tentamos, sabemos que (Fluminense) tem uma forma de jogar. Acabamos por recuperar uma ou outra bola, mas depois nós fomos eficazes, tivemos chutes dentro da área, mas hoje não fomos eficazes. Hoje, a diferença foi exatamente essa. O gol do adversário saiu de uma bola nossa, em nosso poder. Em relação ao árbitro, vocês têm tempo suficiente para falar disso. Não achei justa a expulsão do João, tendo em conta que 10 minutos antes o (Fernando) Diniz protestou tanto ou mais para o juiz. Mas são decisões, o árbitro é que sabe."
Elenco curto dá conta do calendário apertado do futebol brasileiro?
"Ano que vem, não sei o que vai acontecer. Vivo com o presente. Entendo vocês ganharem dinheiro fazendo notícias, e o nosso trabalho é dar o melhor dentro de campo. Há dores de crescimento que temos que passar e não há milagres. Aconteceu comigo como treinador, tenho 44 anos e seis de futebol de alto nível. Sei o que era seis anos atrás e sei o que sou hoje. Tinha o potencial, me deixaram treinar equipes como o Braga, PAOK, fiz bons trabalhos, vim para o Palmeiras. Jogadores têm que passar por esse processo, sabemos dos riscos. Vocês (jornalistas) são inteligentes, somos uma equipe jovem e quando estamos todos juntos, não temos só dois dias (de descanso) para jogar contra o Fluminense. Temos que fazer gestão de energia para jogar com máxima força. Meus jogadores são os melhores porque são os que eu tenho."
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Erro de Jailson no gol e mais sobre arbitragem
"Os erros dentro do campo são meus, a responsabilidade é minha. (Sobre arbitragem) tinha muito para falar, as imagens são evidentes. Mas é melhor me calar, porque sei o país onde estou. Não quero falar mais nada."
Dá para alcançar o Botafogo no Brasileirão?
"Botafogo tem toda vantagem para ser campeão. Não vamos ganhar sempre. Parabéns para o Botafogo, tem tudo para ganhar (o Brasileirão) e está forte."
Como fazer a preparação para o jogo contra o Atlético-MG, pela Libertadores?
"Muito simples: com dedicação, trabalho e ajudar os meus jogadores a crescer. É isso que sei fazer, não conheço outro segredo. Trabalhar com afinco, ajudar os jogadores a crescer. Sei o que fizemos aqui, resultado não traduz o que produzimos. O que conta são os gols, e o adversário aproveitou tudo que nós demos."