Proprietário do Olympique de Marselha respalda presidente do clube, alvo de protestos - Gazeta Esportiva
Proprietário do Olympique de Marselha respalda presidente do clube, alvo de protestos

Proprietário do Olympique de Marselha respalda presidente do clube, alvo de protestos

Gazeta Esportiva

Por AFP

21/09/2023 às 13:57

São Paulo, SP

Em plena crise e um dia depois da saída do técnico espanhol Marcelino, o proprietário do Olympique de Marselha, Frank McCourt, e seu presidente, Pablo Longoria, denunciaram nesta quinta-feira (21) um "sistema" baseado no "medo" ao redor do clube, pedindo ação coletiva para "uma mudança profunda".

"Em outro país, esta situação seria automaticamente denunciada. Receber ameaças é algo que não posso aceitar dizendo que 'o Olympique é assim'", declarou Longoria em uma entrevista ao jornal regional La Provence.

"O que ocorreu na segunda-feira é inadmissível", acrescentou o presidente, antes de dizer que tinha colocado seu cargo à disposição para McCourt.

Na última segunda-feira, houve uma reunião entre dirigentes do clube e representantes de torcidas organizadas, que pediam a demissão de Longoria e a saída de seus principais colaboradores na política esportiva do clube.

"Apoio firmemente Pablo Longoria", afirmou McCourt em um comunicado. Para o empresário, "a situação ocorrida na segunda-feira e que nos levou à demissão de Marcelino e sua comissão técnica é inaceitável".



A diretoria do Olympique não enviou nenhum de seus representantes a Amsterdã para o jogo desta quinta-feira contra o Ajax, pela Liga Europa.

Marcelino, amigo de Pablo Longoria, deixou o clube e o interino Jacques Abardonado vai dirigir a equipe até que seja contratado um novo treinador.

Na quarta-feira, em um comunicado no qual explicou as razões de sua saída, Marcelino condenou "as ameaças pessoais", que podem levar a "possíveis consequências sobre a integridade física e moral [dos dirigentes]".

Na entrevista, Longodia deu detalhes sobre a reunião, na qual os líderes das torcidas se expressaram de maneira "extremamente virulenta".

"Pude falar por dois minutos, depois me cortaram e tudo degringolou rapidamente. Eles nos disseram que tínhamos que sair nós quatro [o presidente Pablo Longoria, o diretor de futebol Javier Ribalta, o diretor geral Pedro Iriondo e o diretor financeiro Stéphane Tessier], se não haveria guerra", conta Longoria.

"Não tive medo, mas fiquei impactado", acrescentou o dirigente. "Há muitos interesses individuais em torno do Olympique de Marselha, em muitos aspectos. O que aconteceu na segunda-feira é consequência deste sistema. Todo esse movimento se baseia em provocar medo", denunciou.

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