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Algoz do Brasil no Mundial sub-17 vive em redoma contra assédio

Gazeta Esportiva

Por Mateus Videira, especial para Gazeta Esportiva

São Paulo, SP
A campanha da Seleção Brasileira no Mundial Sub-17 era invicta, com um futebol bem jogado e resultados expressivos. Tudo isso caiu por terra na semifinal da competição, quando enfrentou a Inglaterra e acabou derrotada por 3 a 1. O grande nome do jogo foi o atacante Brewster, que marcou os três tentos e se tornou o algoz da seleção canarinho na categoria. A artilharia da competição e a qualidade do garoto, entretanto, fizeram com que o Liverpool, clube do atacante, adotasse uma postura bem mais cautelosa em relação à sua visibilidade, preservando mais uma grande promessa do futebol mundial do assédio da imprensa.

"Neste momento não posso dizer nada sobre o Brewster. O Liverpool pediu para que todos do clube não tratassem do assunto na tentativa de protegê-lo do grande assédio que está sofrendo por parte da mídia. Apesar disso, posso confirmar que conheço ele (Brewster) desde quando tinha seis anos de idade e tive a oportunidade de treiná-lo nos Reds", revelou de forma exclusiva à Gazeta Esportiva Michael Beale, que ganhou visibilidade no futebol brasileiro como auxiliar de Rogério Ceni no São Paulo em 2017.

Brewster é o grande destaque do Mundial Sub-17 (Foto: INDRANIL MUKHERJEE/AFP)



O artilheiro isolado do Mundial sub-17 é o grande destaque da seleção inglesa no campeonato, mas ganhou os holofotes na reta decisiva da competição. Seis gols em dois jogos, somado a mais um na fase inicial. Esse é o desempenho do jovem atacante londrino, que também passou pelo que muitos jogadores da categoria de base passam: troca de clubes e passagem por rivais.

Aos 14 anos, o atacante trocou o Chelsea pelo Liverpool e nos Reds passa por uma constante evolução. Em três anos, Brewster passou de titular absoluto do time sub-18 para peça-chave no time sub-23 e não parou por ai. Na última temporada europeia foi relacionado para uma partida do profissional, no dia 23 de abril, contra o Crystal Palace.

A grande novidade na mudança dos Blues pelo Reds está relacionada ao responsável pela indicação de Brewster, o próprio Michael Beale.  A troca de clube foi comentada pelo próprio atleta, em entrevista concedida ao site oficial do Liverpool no início deste ano. "Joguei no Chelsea entre os sete e os 14 anos. Comecei a ver que lá não teria oportunidades no time profissional, então fui atrás de outro time. O Liverpool era minha primeira escolha e ainda bem que deu certo. Aqui eles oferecem oportunidades aos jovens jogadores", disse o jovem.

Apesar da solicitação do clube, Jurgen Klopp foi bombardeado de perguntas sobre o jovem. O treinador do time profissional elogiou o atacante, mas adotou muita cautela para não expor sua jovem promessa. "Ele é um menino muito forte fisicamente, maravilhosamente habilidoso e muito bom atacante, decisivo. É um excelente finalizador e possui uma ética de trabalho muito boa", afirmou Klopp. "Temos que criar circunstâncias para esses meninos darem o próximo passo, não muito cedo, nem muito tarde, no momento certo. Eles são o futuro do futebol inglês", completou.

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