Assim, o Tricolor só voltará a campo na próxima quarta-feira, no Maracanã, para receber o Fortaleza. O refresco na tabela vem em boa hora, já que no calendário atípico de ano de pandemia o time já disputou 64 partidas desde janeiro. Com 16 rodadas restando para o fim do Brasileirão, o Flu fechará 2021 com 80 jogos.
''A grande quantidade de jogos na temporada é uma enorme preocupação nossa, evidentemente. A gente procura dar bastante ênfase ao trabalho de recuperação e restauração dos atletas que vêm com uma carga maior de jogo, e procura também fazer uma compensação de carga com aqueles que não estão jogando tanto'', afirmou Marcos Seixas, responsável pela preparação física do elenco.
O desafio dos profissionais é dosar a carga de trabalho e monitorar a evolução de cada atleta para prevenir que lesões aconteçam.
''A maior incidência de lesões ocorre através de dois mecanismos: a sobrecarga de jogos, quando um atleta não consegue se recuperar totalmente entre uma partida e outra, e a do atleta que vem sem uma grande sequência de jogos e que sente se não estiver preparado quando for utilizado. Para quem vem atuando mais, a gente usa diversas estratégias para monitorar essa situação e cuidar bem de cada um dos casos. Isso pode ser feito com controle de carga de treinamento, trabalhos na academia e com controle dos marcadores bioquímicos, de como estão os índices de bem-estar do corpo do atleta'', explicou.
A reta final da competição nacional não será fácil para o time de Marcão. Com 32 pontos e 48,5% de aproveitamento, o Fluminense precisará melhorar o desempenho para terminar a competição na zona de classificação para a Libertadores.
Nos últimos dez anos, a pontuação mais baixa de um sexto colocado na tabela foi a do Flamengo em 2017, com 56 pontos. Já em 2020, o Grêmio conquistou a última vaga com 59. Para alcançar a pontuação mínima do Rubro-Negro, o Tricolor precisa elevar o aproveitamento para 54,2%. Mas para repetir o desempenho do Grêmio, precisará de 56,3%.