Para Zico, conquistas como a Supercopa do Brasil e a Recopa Sul-Americana, vencidos pela geração de 2019, não possuem o mesmo peso e importância dos troféus conquistados por ele e Júnior, a partir de 1981.
“Eu sou contra isso (igualar o número de títulos de Gabigol, Arrascaeta e Bruno Henrique ao de Zico e Júnior). Porque considera os títulos de Supercopa, Recopa, que são de um jogo só. Isso não tinha na nossa época. O que tinha, por exemplo, era jogar o Ramón de Carranza. Jogar com o Barcelona e aqueles times todos. Jogava o Teresa Herrera. Se você ganha, era um título tão importante quanto uma Recopa, uma Supercopa. Então, eu não entendo esse negócio”, disse Zico, em entrevista ao Redação SporTV.
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Além disso, Zico ressaltou a importância que tinha na época o Campeonato Carioca, que atualmente é disputado algumas vezes por equipes reservas e poucos clássicos.
“Na nossa época, o Campeonato Carioca era o mais importante. Taça Guanabara era individual, era um título. Era difícil ganhar, você jogava contra Vasco, Fluminense, Botafogo, todos esses. Não era como hoje, que às vezes não tem nenhum clássico. Não é saudosismo, mas tem que se valorizar o que acontecia na sua época”, explicou o Galinho.
Por fim, apesar das discordâncias, Zico elogiou o trio histórico do Flamengo e afirmou que todos estão marcados para sempre na história do Mengão.
“(Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta) Merecem um lugar especial (na história do Flamengo), claro. Eles estão lá, teve a competição e eles conquistaram. Então merecem ser contadas, lógico, isso é óbvio. Ninguém vai tirar o mérito das marcas que eles tiveram dentro do Flamengo. E tomara que conquistem mais”, concluiu Zico.