Em 2013, Willian foi emprestado para o Cruzeiro junto ao Metalist, da Ucrânia, e fez parte da campanha do bicampeonato brasileiro consecutivo. Em 2014, o atacante foi contratado em definitivo pela Raposa, que deve 1.462.500 euros pelo atraso na compra. Por conta de problemas internos no país do leste europeu em março daquele ano, a dívida foi transferida para o Zorya Luhansk.
Para o segundo semestre de 2020, o Cruzeiro ainda tem mais duas ordens de pagamento na Fifa. O débito é em função das compras do meia Arrascaeta, do Defensor-URU, em 2015, e do zagueiro Kunty Caicedo, do Independiente del Valle, em 2016. Os dois atletas não pertencem mais ao clube.
Em janeiro deste ano, o Cruzeiro divulgou que precisaria quitar, entre 2020 e 2022, R$ 52 milhões em débitos de processos na Fifa. Com a valorização de moedas estrangeiras frente ao real, essa dívida superou os R$ 81 milhões, dos quais R$ 36,6 precisam ser pagos ainda no primeiro semestre, R$ 43,7 milhões no segundo semestre e R$ 1,1 milhão em 2021.
Além de Willian, Arrascaeta e Caicedo, a Raposa possui dívidas por conta das contratações de Riascos, em 2015, Rafael Sóbis e Ramón Ábila, em 2016, e Thiago Neves, em 2017. O Cruzeiro ainda discute o pagamento de débitos com o técnico português Paulo Bento e sua comissão técnica. Todos os casos são da gestão de Gilvan de Pinho Tavares, que presidiu o clube mineiro duas vezes entre 2011 e 2017.
A gestão de Wagner Pires de Sá não quitou os débitos já existentes e acrescentou a pendência de R$ 4 milhões com o Spartak, da Rússia, pela compra do atacante Pedro Rocha.
Na última terça-feira, a Fifa comunicou à CBF que o Cruzeiro deverá começar a Série B do Campeonato Brasileiro de 2020 com seis pontos a menos em relação aos rivais por conta do não pagamento ao Al-Wahda, dos Emirados Árabes, pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016.