Com o desejo de zerar os débitos, o presidente Duilio Monteiro Alves está liderando um projeto há dois anos em conjunto com a KPMG, uma empresa global que presta serviços nas áreas de auditoria, impostos e consultoria de gestão estratégica.
Esta iniciativa está caminhando dentro do clube, seja para resolver as dívidas envolvendo a Neo Química Arena, seja para outros problemas financeiros.
Este é um sonho de Duilio: entregar o Corinthians com as dívidas muito bem resolvidas, quiçá zeradas, em uma meta bastante audaciosa.
Não há, ainda, uma definição da maneira como isso será realizado. No entanto, não haverá nenhum envolvimento de empresas que possam arrendar uma parte da Arena e nem com a venda de camarotes do estádio.
As opções disponíveis são, por exemplo, com investimento na bolsa de valores ou no fundo imobiliário. Porém, como já mencionado, não há uma definição quanto ao método.
Na última terça-feira, o mandatário do Timão informou que, nos próximos dias, o balanço financeiro será divulgado, mas adiantou que “a dívida abaixou” e que o Corinthians teve “um faturamento perto dos R$ 800 milhões”.
Números
Em julho do ano passado, Corinthians e Caixa firmaram um acordo pela quitação do empréstimo para a construção da arena corintiana.
O valor da dívida naquela ocasião foi calculado em R$ 611 milhões, sendo que os naming rights do estádio vão 100% para esse fim (ou seja, R$ 300 milhões, no início do acordo). O prazo de financiamento da dívida é até 2041.
Em contato com a Gazeta Esportiva naquele momento, Wesley Melo, diretor financeiro do clube, informou que o Corinthians havia pago R$ 165 milhões até 2017.
A partir deste mês de março, os juros começarão a ser pagos de forma trimestral (março, já pago, junho, setembro e dezembro) de 2023 e 2024.
Já o principal começará a ser amortizado em 2025, também trimestralmente e nos mesmos meses.