Loss valoriza produção ofensiva em estreia com derrota pelo Corinthians
Por Helder Júnior e Tomás Rosolino
São Paulo, SPOsmar Loss estava tranquilo após perder pela primeira vez como técnico da equipe profissional do Corinthians, logo na sua estreia. O substituto de Fábio Carille, agora comandante do saudita Al Wehda, preferiu valorizar as chances de gol criadas por sua equipe a lamentar demasiadamente a derrota por 1 a 0 para o colombiano Millonarios, nesta quinta-feira, em Itaquera.
“O jogo aconteceu como prevíamos. Buscamos e construímos boas oportunidades de gol. Não ficamos satisfeitos com derrotas nunca, mas é claro que, quando você vê uma produção ofensiva elevada, sabe que as coisas tendem a caminhar para o lugar certo”, comentou Loss.
O novo técnico do Corinthians preferiu também não individualizar o seu trabalho. Questionado se, mesmo com dois dias à frente do time, já havia conseguido mudar algumas características dos tempos de Carille, ele desconversou.
“O que vinha sendo feito antes já tinha muito de Osmar Loss. Era um futebol muito parecido com o que penso. O Fábio (Carille) sempre abriu espaço para discutimos. Então, a forma de o Corinthians jogar, a estratégia, sempre passou por todos da comissão”, destacou o antigo auxiliar.
Entre as diferenças apontadas entre Loss e Carille, estava o estilo de jogo de cada um. O bicampeão da Copa São Paulo seria mais propenso ao ataque do que o seu antecessor, embora tenha mantido o Corinthians com dois volantes em campo diante do Millonarios. Preferiu substituir os atacantes Pedrinho e Romero e o meia Jadson por Mateus Vital, Marquinhos Gabriel e Júnior Dutra quando tentava reverter o tropeço.
“O time mostrou a mesma competitividade de antes, uma forma de jogar com a cara do Corinthians. Mas também foi em busca do resultado desorganizado, como o torcedor gosta, mostrando-se uma equipe que não tolera perder. Só que isso não vem do Osmar Loss. Vem do DNA do Corinthians”, disse Loss.
Ainda que tente tornar a transição de comando no Corinthians a mais natural possível, o novo treinador reconheceu, por fim, algumas dificuldades. “É uma mudança. Até o fato de eu estar dando entrevista gera uma diferença. A gente sente, sim, a falta do Fábio. Acredito que os jogadores sintam. Mas não percebi nada que acarrete em termos de resultados”, concluiu Osmar Loss.