Eliminado nas oitavas de final de todas as Libertadores em que atuou desde o título, o Alvinegro teve uma participação razoável na Sul-Americana de 2017, única que disputou no período. Venceu até a Universidad de Chile, time que representa muitos torcedores no seu país, mas que está longe de integrar o rol de grandes vencedores do futebol continental.
Soma-se a isso o fato de o Timão nunca ter vencido um jogo de mata-mata na Argentina, sendo eliminado oito vezes em 11 oportunidades nas quais encarou adversários deste país. A única das vagas conquistada longe de casa foi em 2005, pela Sul-Americana, quando um gol do zagueiro Marinho assegurou o empate por 1 a 1 e a classificação diante do River Plate, no Monumental de Núñez.
A seu favor, o clube tem o fato de ter melhorado bastante a performance em duelos não eliminatórios em solo hermano desde que empatou por 1 a 1 na Bombonera com o histórico gol de Romarinho. Duas das três vitórias por lá em partidas oficiais saíram em Libertadores disputadas recentemente (1 a 0 sobre o San Lorenzo, em 2015, e sobre o Independiente, no ano passado) e houve apenas um revés, além de outra igualdade. Aproveitamento de 53,3% dos pontos.
Como comparação, antes do título o Alvinegro tinha uma vitória, um empate e 11 derrotas, um aproveitamento péssimo de 10,2% dos pontos. Comprovadamente mais poderoso quando deixa o Brasil para ir ao principal produtor de adversários para o país, o clube agora tem que mostrar sua força na hora dos jogos eliminatórios.
Por ter empatado o jogo de ida por 1 a 1 em São Paulo, o Timão precisa ao menos marcar um gol para ter chance de classificação na casa do adversário. Um novo 1 a 1 leva a decisão aos pênaltis, enquanto empates por 2 ou mais gols dão a vaga ao Timão. 0 a 0 deixa o posto com os argentinos, enquanto um possível vitorioso fica com a vaga para si.