Uma conversa do atacante Vagner Love com o Besiktas, clube detentor dos seus direitos federativos, nesta segunda-feira, pode selar a rescisão do atleta com os turcos, abrindo caminho para o seu retorno ao Corinthians. O Alvinegro já deixou claro que não pretende pagar pela transferência do jogador de 34 anos, mas reconheceu ser o destino do atleta assim que ele acertar sua saída da Europa.
A dívida do Besiktas com Vagner Love é de cerca de R$ 13 milhões e o Corinthians já avisou que não entrará nessa briga. O Timão deixou as portas abertas ao atacante, desde que ele, sozinho, chegue a um acordo para se transferir. A comissão técnica entende que o reforço de 34 anos pode ser útil, inclusive jogando ao lado de Mauro Boselli, esse sim contratado para ser o centroavante da equipe.
"A gente tem já há algum tempo o interesse nele na expectativa da rescisão dele. Sabemos pelo empresário que tem uma dívida alta, aguardamos a resolução disso aí", disse o diretor de futebol do Timão, Duílio Monteiro Alves, adotando certo tom de cautela para abordar o tema. "Tem que ver também se ele não tem outras ofertas", apontou.
O próprio Love, no entanto, já deixou claro que só teve uma procura oficial do Corinthians e falou que gostaria de retornar ao clube onde foi campeão brasileiro, em 2015. O jogador espera receber o dinheiro devido nem que seja necessário parcelar a dívida que o Besiktas construiu com ele.
"Está devendo cinco meses. Agora, dia 31, vai para o sexto mês, e não tem previsão de pagamento. Eles não chamam para negociar a dívida. Me colocaram para treinar afastado, enfim… Eu tenho mais um ano e meio de contrato aqui, e eu estou bem tranquilo, graças a Deus. Mandam treinar, eu vou lá e treino. Eu estou bem tranquilo, porque a Fifa dá proteção", afirmou o atleta, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
À espera do sinal verde do atleta, a diretoria alvinegra crê que Love se encaixa perfeitamente na proposta de jogo atual do Corinthians. São citadas também a facilidade de Love em se relacionar com o elenco e a possibilidade de ele e Boselli servirem como tutores para Gustagol.