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Foto: Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Conselho marca reunião para votar balanços do Corinthians e exclui chance de novo adiamento

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

São Paulo, SP
O Conselho Deliberativo do Corinthians vai votar os balanços financeiros de 2019 e 2020, além da previsão orçamentária de 2021, no dia 27 de abril.

Os membros do órgão foram avisados da nova data em convocação emitida na última sexta-feira. O encontro estava agendado para a próxima terça (13), mas, conforme antecipou a Gazeta Esportiva, precisou ser adiado, novamente, em função das restrições impostas pelo Governo de São Paulo devido ao combate à pandemia do coronavírus.

A novidade dessa vez é que o risco da votação não acontecer praticamente inexiste.



Alexandre Husni, presidente do Conselho Deliberativo, esclareceu que não vai deixar de cumprir o estatuto do clube, que em seu artigo 82 manda as contas serem julgadas até o final do mês de abril.

A preferência segue sendo pela reunião presencial, mas, ciente de que decretos do Governo Estadual devem impedir o encontro, o clube está se preparando para promover as votações de outra maneira.

Duas possibilidades são cogitadas e foram formalizadas no documento enviado aos conselheiros.

A tendência é que seja usado o sistema "drive-thru" no Parque São Jorge, onde os eleitores depositariam seus votos em urnas e deixariam o local em seguida.

A utilização de uma plataforma online é outra opção, mas a dificuldade que poderia ser gerada, principalmente, aos conselheiros mais antigos faz com que a rejeição sobre essa hipótese seja considerada.

Oficialmente, o clube ainda estuda a situação. A promessa é de que todos serão avisados com antecedência e terão o auxílio necessário.

Nos bastidores, o recado principal é de que, independente da forma e diferente do que se viu na última temporada, as votações das contas não deixarão de acontecer dentro do prazo.




O que diz os balanços
O balanço financeiro corintiano de 2019 fechou com um déficit de R$ 195,4 milhões, enquanto o balanço de 2020 foi concluído com déficit de R$ 123,3 milhões. A dívida do clube saltou de R$ 665 milhões para R$ 982,8 milhões no período que teve Andrés Sanchez como presidente do clube.


O balanço de 2019 será votado com sugestão de reprovação pelos Conselhos de Orientação e Fiscal. Os mesmos grupos, com novas formações após as eleições, sugeriram aprovação do balanço referente a 2020.

Consequências
Caso pelo menos um dos balanços tenha as contas reprovadas, Andrés Sanchez pode passar por um processo interno, algo que dificilmente os grupos oposicionistas abririam mão.


Os reflexos ao ex-mandatário vão desde 10 anos de inelegibilidade, como prevê o artigo 106 do estatuto, até eventuais ações judiciais, que transcenderiam a esfera do clube.


Internamente, Andrés dependeria de decisões do Conselho Deliberativo e, posteriormente, da Comissão de Ética e Disciplina (CED), que atualmente é presidida por André Luiz de Oliveira, o André Negão, amigo pessoal de Andrés de longa data.


André Negão, como vice-presidente do Conselho Deliberativo, cumpre mandado no CED por força do estatuto.

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