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Boselli vibra com estreia e diz que pode jogar ao lado de Gustagol

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

São Paulo, SP
Enfim, a Fiel pôde assistir Mauro Boselli em campo. A estreia talvez não tenha acontecido como todos imaginavam. Muita chuva, adversário complicado e nada de gols do argentino de 33 anos. Ao menos, o Timão ficou com a vitória e Boselli pode sentir um pouco do que defender o alvinegro da capital.

"Alegria enorme, porque a equipe ganhou, precisávamos muito. Pessoalmente, me senti muito contente por entrar em campo e jogar um pouquinho. Não é fácil o processo de adaptação e tenho que trabalhar muito para estar melhor no próximo jogo", comentou, na saída do vestiário. "Um dia muito particular, choveu muito, mas a equipe saiu com um grande resultado, que precisávamos muito”.

A primeira impressão da Fiel também deixou Boselli ansioso pela relação que pode construir nos próximos meses, caso confirme a expectativa de ser um grande nome do time.

Boselli entrou aos 20 minutos do segundo tempo (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)



“É impressionante. Depois de tanta chuva, achei que muita gente iria sair, mas não, gritaram ainda mais e quero agradecer ao apoio de sempre, porque nos ajudou a buscar a vitória".

Carille admitiu que não pretendia escalar Boselli ao lado de Gustagol. Mas, diante da necessidade que o jogo apresentou, o técnico corintiano resolveu deixar os dois centroavantes juntos em campo. No fim, foi de Gustagol o tento da vitória dos mandantes. Para o camisa 17, não há problema em dividir espaço dentro da área.

"Eu gosto muito de jogar com outro na frente, ainda mais com uma equipe que fica muito atrás, então, duas referências na área é muito importante, quase fizemos uma jogada juntos e depois puxei espaço para ele conseguir abrir o placar. É questão de trabalhar, mas dá para jogar sem problema", explicou, ciente de que ainda tem Vagner Love para chegar.

"Sim, é um grande jogador e tenho certeza que vai ajudar muito o elenco. Sei que o grupo vai receber ele muito bem, assim como me recebeu também".

Boselli só quer pretende atuar pelos lados, como provavelmente Love será escalado, segundo adiantou Fábio Carille. Seja com Gustagol ou não, o argentino só se vê em um setor do campo.

"Sou um jogador para jogar sempre dentro da área, centralizado, mas posso jogar com outro atacante sem problema, como demonstrei. A equipe atacou, foi melhor e conseguiu buscar o resultado", avisou.

O Corinthians só deve ter sua primeira semana livre para treinamentos em março. Ou seja, Boselli e Gustagol provavelmente participarão de um rodízio nas escalações daqui para frente.




"Carille nos disse que vai precisar de todos, então temos que estar sempre preparados. Isso é bom porque faz com que a competição interna seja boa e todos estejam prontos para aproveitar a sua oportunidade. Como são muitos jogos, tem que aproveitar os momentos que estão em campo", disse o receptivo reforço corintiano, recém-chegado a cidade de São Paulo.

"Estou gostando, mas não muito do tráfego. Mas é uma cidade bonita e com muita qualidade. Me sinto muito bem aqui e espero a minha família chegar para poder aproveitar com eles também".

No México, Boselli se transformou em um grande artilheiro, o segundo maior da história do seu ex-clube, o León. Bastaram pouco mais de 20 minutos em campo para o centroavante perceber a maior diferença por atuar no Brasil.

"Aqui é muito mais físico. No México tinha mais espaço para jogar e aqui não tem muito, ainda mais contra uma equipe que joga mais atrás, como a Ponte Preta. Por isso acredito que não vai ser de um dia para o outro que irei me adaptar, mas irei me esforçar ao máximo para diminuir esse tempo junto com meus companheiros e entregar o que o treinador pede”, concluiu.

 

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