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Análise: em dia infeliz de VP, Corinthians peca por desatenção e perde chance de encostar na ponta
Por Redação
São Paulo, SPApesar da grande festa da torcida, que via o time pela primeira vez após o aniversário de 112 anos do clube, o Alvinegro entrou em campo muito desligado. Não à toa, os visitantes abriram o placar com apenas 43 segundos de bola rolando.
O gol acabou ligando os jogadores da casa. Assim, o Corinthians precisou de apenas 20 minutos para virar o placar, com tentos de Balbuena, em cobrança de escanteio, e Yuri Alberto, aproveitando o vacilo do goleiro Daniel.
Depois dos gols, o Timão até manteve um pouco o bom ritmo, porém, logo depois, voltou a apresentar falhas. Nos minutos finais do primeiro tempo, por exemplo, Fausto perdeu a bola na entrada da área e só não viu o Inter empatar pois o chute de Maurício carimbou a trave.
Na volta do intervalo, o Corinthians entregou a bola para o Inter, que encurralou os alvinegros. Depois de tanto rondar a área adversária, o Colorado alcançou o empate aos 23 minutos, com um golaço de Alan Patrick. O meia aproveitou a falha de marcação da defesa, recebeu um ótimo passe entrelinhas e bateu no ângulo de Cássio. A partir de então, nenhum dos times conseguiu produzir muitas jogadas de perigo.
Além das desatenção corintiana, outro fator que irritou a torcida foram as escolhas de Vítor Pereira. Isso porque o comandante decidiu apostar em Ramiro e Giuliano como titulares. Ambos não tiveram boas atuações no primeiro tempo e deixaram o gramado no início do segundo tempo.
Na vaga do primeiro, entrou Roni. Já o segundo deu espaço para Cantillo. Acontece que nenhum dos dois entrou bem. O colombiano, inclusive, falhou no lance do gol de empate dos gaúchos. Minutos depois, o treinador chamou Mateus Vital para entrar no lugar de Gustavo Mosquito.
Já as outras duas substituições foram queimadas com contusões. Rafael Ramos entrou na vaga de Fagner, que sentiu dores na coxa. O lateral português, no entanto, também sentiu um incômodo e precisou deixar o gramado logo na sequência. Assim, Bruno Méndez foi acionado.
O alto número de atletas contundidos, aliás, foi uma das explicações de Vítor Pereira para a queda de rendimento do Corinthians. Segundo o técnico, faltaram opções para ele escalar o clube nesta tarde.
"Fomos para o segundo tempo com a mesma equipe para ver se a gente conseguia continuar com o mesmo ritmo. Falei no intervalo que tínhamos que continuar pressionando. Depois, chegamos a uma fase em que a equipe não estava com essa capacidade e tínhamos que refrescar. Isso é para cair a ficha de todos que criticam. Para mexer, nós tínhamos Vital e Giovane para o ataque. No meio, temos Cantillo, Roni e Xavier. De fora, Renato, Maicon, Du, Paulinho, Adson…Digam a mim quem é o iluminado que consegue manter o nível da equipe e a capacidade de pressionar e jogar. Com essa gente toda de fora, como podemos manter a capacidade de criar e pressionar?", disse.
"Nos queremos mexer, mas não há muito por onde mexer. Os jogadores que estavam de foram não são meias de ligação, são mais de contenção. Estou preocupado. Não posso fazer milagres. O adversário vai colocando mais carga no jogo e nós não temos cargas para por. Essa é a realidade”, completou.
O Timão tenta correr atrás dos dois pontos "perdidos" em casa no próximo domingo, quando visita o São Paulo. A bola rola no gramado do Morumbi a partir das 16 horas (de Brasília).
No momento, o Alvinegro está em terceiro, com 43 pontos, oito a menos que o líder Palmeiras.