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Análise: Corinthians não funciona nas duas áreas e tem péssima atuação contra o Juventude

Gazeta Esportiva

Por Redação

São Paulo, SP
Por Iúri Medeiros

Se a derrota para o Fortaleza ficou marcada pelo bom desempenho do Corinthians, o mesmo não se pode dizer do revés para o Juventude, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O Timão jogou mal em Caxias do Sul e só está vivo na eliminatória graças ao gol de Gustavo Henrique nos acréscimos.

Para a partida, o técnico Ramón Díaz optou por escalar o time no 4-3-3, promovendo a estreia do volante José Martínez. Nomes considerados "alternativos" também tiveram chance, como Gustavo Henrique, Hugo, Coronado e Pedro Henrique.

O time não se encontrou na primeira etapa e esbarrou, especialmente, nas limitações técnicas. O jogo como um todo foi um festival de erros de passe e falhas oriundas de desatenção. Pedro Henrique, por exemplo, errou praticamente tudo que tentou no campo ofensivo. Na defesa, Hugo Souza salvou quando foi acionado e impediu o pior nos primeiros 45 minutos.

Na volta do intervalo, a comissão técnica foi bem em voltar para o 3-4-1-2. Matheus Bidu entrou em campo, como ala, André Ramalho reforçou a zaga e Héctor Hernández fez sua estreia, fazendo dupla com Yuri Alberto no ataque.

O time se mostrou mais agressivo defensivamente e encontrou escapes no ataque. O Timão teve espaço nas laterais e Yuri conseguiu duas finalizações perigosas, mas parou no goleiro Gabriel Vasconcelos.




Quando o Corinthians vivia seu melhor momento no jogo, com chances criadas... gol do Juventude. Situação habitual para quem acompanha o time de perto em 2024.

O gol de Carrillo nada mais é do que mais uma entre tantas situações em que o Corinthians não defende bem sua área defensiva. Sem conseguir afastar a bola de forma efetiva, a equipe viu o centroavante adversário aproveitar o rebote e o desvio na defesa corintiana para abrir o placar. Hugo vacilou e teve sua primeira falha com a camisa do Timão.

O Corinthians não reagiu depois do gol e voltou a colecionar erros técnicos, dando pouca fluidez para o jogo. O Juventude aproveitou e ampliou com Danilo Boza em lance de bola parada. Novamente, problemas na área defensiva.

Mesmo sem merecer, o time de Ramón Díaz ainda "achou" um gol nos acréscimos com Gustavo Henrique, em cobrança de escanteio de Rodrigo Garro. Um raro lance de bola parada que funcionou ao longo de 2024.

Em suma, o Corinthians não foi eficiente nas chances que teve e falhou em lances capitais na defesa. A falta de eficiência nas duas áreas custou mais um resultado para o time na temporada.

A boa notícia? O foco segue sendo o Campeonato Brasileiro e uma possível eliminação para o Juventude perde importância neste cenário. A má? Se as individualidades do Corinthians não "acordarem" urgentemente, o rebaixamento será um destino inevitável.

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