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Apesar da tragédia, Marco Polo Del Nero insistiu para a Chape enfrentar o Atlético-MG (Foto: Luis Acosta/AFP)
O presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo, aprovou nesta quinta-feira o cancelamento do jogo entre o clube catarinense e o Atlético-MG, que seria válido pela última rodada do Brasileirão. O mandatário do Galo, Daniel Nepomuceno, disse que a sua equipe prefere ser punida com um W.O. a disputar o duelo na Arena Condá.
"Acho ótimo [não acontecer]. Não vai ter clima para jogar. Eu não recebi essa informação. À tarde, o presidente do Atlético-MG deve falar conosco. Acho ótimo, porque não terá clima para que aconteça esse jogo. Vamos aguardar", disse Tozzo à Rádio Gaúcha.
Tozzo disse na quarta-feira que o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, havia insistido para que a Chapecoense fosse a campo contra o Atlético-MG. A equipe catarinense perdeu praticamente todo o elenco e a comissão técnica no acidente aéreo que vitimou 71 pessoas, na terça-feira, na Colômbia.
"Ele disse: 'Este jogo tem que acontecer. Tem que ser uma grande festa'. Respondi: 'Não temos 11 jogadores'. Ele disse: 'Tem sim. Vocês têm categoria de base, os jogadores que ficaram. Não importa. Tem que fazer uma grande festa. Chapecó e a Chapecoense merecem'", relatou Tozzo.
A postura de Del Nero incomodou o Atlético-MG. "Vim aqui para informar que o Atlético não vai para jogar a última partida", afirmou Daniel Nepomuceno. "Haverá uma punição com a perda dos três pontos, mas o time não terá sua posição alterada. É o mínimo que se pode ter com a cidade, com os familiares, pelo estado e o país que sofre com a tragédia".
Por conta da tragédia envolvendo a Chapecoense, a CBF adiou a última rodada do Brasileirão para o dia 11. O jogo entre a Chapecoense e o Atlético-MG não altera o destino de nenhum time na competição. Os catarinenses ocupam a nona posição, com 52 pontos, enquanto os mineiros estão na quarta colocação, com 62.
