A derrota no último compromisso do Brasil antes do início das Eliminatórias gerou marca negativa: a Seleção sofreu quatro gols em uma mesma partida pela primeira vez desde 8 de julho de 2014, quando foi derrotada por 7 a 1 pela Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo de 2014.
Segundo Ramon Menezes, a Seleção até começou bem, mas pecou na efetividade no último terço do campo — algo que não ocorreu com Senegal.
"Não era o resultado que nós esperávamos. Trabalhamos juntos durante toda semana, vocês (jornalistas) acompanharam o trabalho, a condição do trabalho. Um jogo muito difícil contra uma equipe que foi muito bem na Copa do Mundo. Nós sabemos das dificuldades que iríamos enfrentar. Uma grande lição (a partida). O jogo em si: começamos muito bem, tendo o controle das ações, fazendo aquilo que trabalhamos durante a semana. Gol logo aos 10 minutos com o Paquetá, tivemos uma grande oportunidade também de ampliar logo em seguida. E aí você está enfrentando uma grande equipe também, com jogadores experientes, acostumados com esse tipo de jogo", declarou após a partida.
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De acordo com o técnico interino, os comandados de Aliou Cissé conseguiram marcar nas "pouquíssimas oportunidades que tiveram".
"Eles conseguiram controlar também o primeiro tempo, já tomamos um gol. No segundo tempo, logo no começo, eles tiveram a felicidade de fazer o segundo — e nós buscamos uma organização sempre para deixar o adversário atrás. Mas assim, circulamos muito a bola — só que com pouca definição no último terço do campo. Na chance que eles tiveram, o Mané com uma felicidade muito grande conseguiu fazer o terceiro gol. Ainda buscamos, se você pegar a posse de bola... mas eles conseguiram ser mais efetivos no último terço do campo. Com as pouquíssimas oportunidades que tiveram, fizeram os gols", finalizou Ramon.
Confira outras respostas do interino do Brasil depois da derrota para Senegal:
Ritmo de Senegal foi mais intenso?
"No futebol, cobramos muito isso: competir. É muito importante você competir, esse grupo sabe disso, é experiente. Sabem que precisamos competir, porque o futebol brasileiro, de talento... nem precisamos falar. A gente sabia que era um jogo de competição, de primeira bola, segunda bola. Quando eles perdem a bola, iam matar a jogada — como fizeram. Dificultaram nossa transição ofensiva."
Situação como interino
"Todas as vezes que a Seleção precisar, eu vou estar pronto para ajudar. Eu acho que isso faz parte da minha personalidade, que é coragem. Estou aqui para ajudar e todas as vezes que o presidente precisar, eu vou estar à disposição. O mais importante é coragem. Hoje, poderíamos ter saído daqui com um trabalho coroado, que era nosso objetivo. Mas no futebol, ou você ganha, ou você aprende. Então, a gente sai daqui aprendendo muito, com uma lição, ganhando casca. Isso é importante para esse grupo, que vai enfrentar vários desafios pela frente."
Futuro no Brasil
"Eu, neste momento, vou descansar. Vou esperar o contato do presidente, para a gente sentar, conversar e ver a minha posição dentro da CBF. Sempre com o objetivo de ajudar."