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Hoje como treinador, Euller revela plano de carreira e opina sobre técnico ideal da Seleção Brasileira

Gazeta Esportiva

Por João Pedro Haiter

São Paulo, SP
Em participação ao programa 1ª Edição, da Gazeta Esportiva, o ex-atacante Euller, que acumula passagens por América-MG, Atlético-MG, São Paulo, Palmeiras, Vasco e pelo futebol japonês, revelou o seu plano de carreira, agora, como treinador. O ex-jogador de 52 anos concluiu os cursos da UEFA que dão licença para atuar como técnico e, após comandar o modesto Safor Club de Fútbol, que integra as divisões regionais na Espanha, aguarda a oportunidade para iniciar a nova carreira no Brasil, país onde ele pretende contribuir para a evolução do futebol como um todo e que precisa se livrar da "união de forças" que atuam contra este desenvolvimento.

"Além de estar na Espanha fazendo curso eu também já estava atuando como técnico, num clube da comunidade valenciana, chama Safor Club de Fútbol, e eu volto para o Brasil com a intenção poder ajudar o futebol brasileiro a melhorar como um todo, dentro e fora de campo. E, sem dúvida, para melhorar tem que ser de cima para baixo, mas se faz uma força enorme para que isso não aconteça. A grande verdade é que há uma união de forças para que o futebol brasileiro não venha a ser o melhor do mundo. Isso é lamentável", disse.

"De toda forma, eu venho para o Brasil com planejamento, tenho um plano de carreira e já o apresentei ao América-MG, Atlético-MG, São Paulo, Athletico-PR e também ao Palmeiras. Gostaria de poder começar o meu trabalho em cima desse plano de carreira apresentado: começo no sub-20, com um trabalho também evolutivo como auxiliar técnico do clube para que num período de três ou quatro anos, nesses dois trabalhos eu venha poder conversar com o clube e dizer que estou pronto para assumir a equipe principal ou até mesmo receber uma oferta de uma outra equipe, mas com prioridade de estar nesse clube e dar início a minha carreira nesse clube", continuou o comandante.


Euller enxerga dois nomes como ideais para a Seleção


Além disso, Euller opinou sobre quem ele enxerga ser o treinador ideal para a Seleção Brasileira, conforme a realidade atual. Apesar de ter grande apreço por Carlo Ancelotti, favorito a assumir o cargo, o ex-atleta prefere os nomes dos brasileiros Fernando Diniz, do Fluminense, e Renato Gaúcho, do Grêmio. Ele também demonstrou ser contrário à ideia de Abel Ferreira, do Palmeiras - outro que foi especulado ultimamente.

"Eu teria dois nomes para a Seleção Brasileira: Fernando Diniz e Renato Gaúcho, embora adore o Ancelotti, gosto muito dele, acho ele um treinador até meio 'brasileiríssimo', porque todo clube que está sempre leva jogadores brasileiros, apoia e conhece os jogadores brasileiros, sabe fazer o jogo para eles. Mas, na minha opinião, tomara que a CBF esqueça esse negócio de trazer um treinador estrangeiro, nada contra, pelo contrário, esse intercâmbio é ótimo, mas eu acho que com o Fernando Diniz ou Renato Gaúcho, nós estaríamos bem servidos. São duas propostas diferentes, mas que me agradam", declarou.

"Não [sobre Abel Ferreira ser o técnico da Seleção Brasileira], se for para trazer um estrangeiro, que traga o Ancelotti", completou Euller.

Confira demais trechos da participação de Euller no programa 1ª Edição:


Sobre a falta de paciência com os treinadores, tendo como último caso Vanderlei Luxemburgo, no Corinthians

"Estão queimando muito rápido o trabalho dos treinadores, isso independente se é novo ou experiente, como o Luxemburgo, que tem grandes passagens até mesmo no Corinthians e em outros clubes. Essa tem sido a diferença dentro de alguns clubes, por exemplo, o grande sucesso no Palmeiras hoje tem como um dos fatores a manutenção de um treinador, acreditar no trabalho dele, mostrar para o grupo que o treinador está ali para poder fazer o seu trabalho e que há de todos respeitarem o que ele vai colocar como ideia de jogo. Em alguns clubes isso não vêm acontecendo, estão cada vez mais enfraquecendo o comandante principal e isso tem sido ruim para alguns clubes. O Corinthians está passando por isso. Não dá mais para ficar assim de troca o técnico, problema, troca o técnico, problema e troca o técnico. Se deve fazer uma melhor escolha, ver qual o treinador que tem aquilo que o grupo precisa porque trocar treinador em meio à temporada, você traz um técnico em cima do grupo que você tem, diferentemente do início da temporada que se possa montar um grupo. Então, é acompanhar se o Luxemburgo vai conseguir encontrar o melhor caminho para que o Corinthians cresça".

Sobre o melhor treinador que trabalhou na carreira de jogador

"Sem dúvida nenhuma o Telê Santana. Ele foi, para mim, um técnico completo. Inclusive há algumas divergências no que diz respeito à parte tática do Telê. Olhando para o futuro, hoje, você vê que o Telê estava certo em se dedicar muito mais nas ações técnicas do que na parte tática, porque esta só se completa a partir de uma boa execução técnica dos movimentos e das ações dentro do futebol. Ele dedicava muito tempo a isso, e o nosso futebol é isso. Eu estava na Espanha durante cinco anos, fazendo as licenças da UEFA de treinador e eu vi, se estuda isso lá desde a primeira licença, que a parte tática está acima de tudo. Você pode finalizar ou dominar uma bola de qualquer jeito, e em dez repetições que você faz de qualquer jeito, com toda certeza, sete você vai errar. Então, não é o nosso futebol, não é isso que nós aprendemos. Por isso, o Telê Santana sempre será o melhor treinador que eu já tive".

Sobre estrutura do Palmeiras e monitoramento do sono dos atletas do clube realizado por Abel 

"Conheço toda a estrutura do Palmeiras, tudo o que se faz ali dentro, todo o trabalho que se propõe. É algo realmente espantoso quanto o Palmeiras evoluiu em tudo, em todos os setores. Posso te dizer que o Athletico-PR também está nesse nível e, sem dúvida nenhuma, não devem nada a muitos clubes da Europa".

"Se tem algo mais precioso na vida de um atleta de alto rendimento, isso independente da modalidade dele, é o sono. Você tem que descansar. E hoje, mais do que nunca, diante de essa evolução toda que se tem... O Palmeiras tem hoje um programa dentro da musculação em que o relógio conta tudo o que o jogador tem que fazer, a quantidade de repetições, séries. E se não fizer já chega automaticamente para o treinador. Lá atrás, quando não tinha, você ainda dava uma enganada. Hoje, com tudo isso, mais do que nunca você precisa do descanso. É necessário, porque a sua vida não é como a de uma pessoa comum, têm coisas que você precisa sacrificar, não vai poder fazer por causa do descanso, tem realmente que descansar. É complicado, porque o extremo também é ruim, é preciso manejar para lidar bem com isso".

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