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Gatito, goleiro do Botafogo, divide culpa de lesão com médicos

Gazeta Esportiva

Por Gazeta Press

Rio de Janeiro, RJ
O goleiro Gatito Fernández tem sido o centro das atenções em uma polêmica no Botafogo. O paraguaio foi um dos alvos de Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente e ex-membro do Comitê Gestor, em desabafo após a confirmação do rebaixamento do Alvinegro no Brasileirão.

Montenegro criticou entre outras coisas o fato do goleiro não jogar desde setembro. Gatito atuou pela seleção paraguaia apesar de estar em processo de recuperação de um edema ósseo, e segue em tratamento até hoje. O jogador admite que a ida para a seleção pode ter sido um erro, mas divide a responsabilidade com os médicos do Botafogo.

"Pode ter sido um erro meu querer ter ido para a seleção, mas não sou médico, não sabia a gravidade da lesão. Jogador sempre quer jogar, assim como já joguei muitas vezes machucados em clubes, como no Botafogo", afirmou Gatito.

"Se soubesse da lesão e que poderia prejudicar minha carreira, não me arriscaria, porque poderia perder mais jogos pela frente. O pessoal da parte médica poderia ter mais cuidado comigo, falando que eu não poderia ir e não poderia jogar. Falaram que eram somente 15 dias. Hoje estou usando muletas, evitando carga no joelho e fazendo só fisioterapia", completou.

Apesar das acusações de parte a parte, Gatito disse que está disposto a cumprir seu contrato, que termina no final deste ano.

"Eu fico no Botafogo. Meu contrato é até o final deste ano. Falam-se tantas coisas, que se caísse para Série B eu sairia, coisa que nunca falei. Gostaria bastante de poder superar esse números (se tornar o estrangeiro com mais jogos, tem 150, contra 180 de Fischer). Quero fazer parte dessa reconstrução do clube", garantiu.

Gatito, entretanto, custa ao Botafogo cerca de 300 mil mensais entre salários e encargos. O valor é considerado elevado face as dificuldades financeiras do clube e a perda de arrecadação na Série B.

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