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Edgardo Bauza chegou até a dizer que tentaria convencer Messi a voltar a jogar pela Argentina, caso assuma a seleção (Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press)

Argentina quer Sampaoli, mas vai ouvir Bielsa, e Bauza perde força

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

São Paulo, SP
Edgardo Bauza chegou até a dizer que tentaria convencer Messi a voltar a jogar pela Argentina, caso assuma a seleção (Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press)

Edgardo Bauza chegou até a dizer que tentaria convencer Messi a voltar a jogar pela Argentina, caso assuma a seleção (Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press)



Edgardo Bauza ainda é técnico do São Paulo. E, pelo visto, deve continuar no cargo por um longo tempo, caso o clube não opte por mudanças tão cedo. Isso porque as chances do treinador assumir a seleção argentina caíram consideravelmente nos últimos dias, apesar de Patón não se cansar de declarações que reforçam o seu interesse, ou mais que isso, um desejo pessoal de realizar o sonho de dirigir a Argentina.

A Comissão Normalizadora, que tem feito uma verdadeira reforma na AFA (Associação de Futebol da Argentina) devido a forte crise em que o órgão está mergulhado, convocou Bauza para uma reunião de emergência na última sexta-feira. O comandante tricolor não pensou duas vezes, comunicou os dirigentes são-paulinos e partiu rumo a Buenos Aires.

"Foi uma conversa agradável e descontraída. Tenho muita vontade e é um desafio muito lindo. O maior desafio da minha carreira. Não me disseram se vão se reunir com outros técnicos. Mas confiam em mim como uma das possibilidades. Dirigir a seleção? Quem não quer?”, se derreteu Bauza, em entrevista ainda em solo argentino, após o encontro.

O grande problema é que o nome preferido da Comissão é outro. Ter Jorge Sampaoli como substituto de Tata Martino é o objetivo traçado. E, para isso, os dirigentes argentinos vão propor ao técnico e ao Sevilla, clube espanhol que contratou Sampaoli há um mês, que o treinador trabalhe para as duas instituições até julho de 2017. Após isso, as partes se reunirão novamente para definir um destino único a Sampaoli.

Campeão da Copa América com o Chile em 2015, o técnico já topou sentar para conversar, mas, dificilmente largará o Sevilla, caso os espanhóis não topem dividi-lo, pois esta é a sua entrada no mercado europeu depois de alguns anos buscando um time integrante de uma das maiores ligas do mundo para dirigir.

Seguindo a linha de ouvir os técnicos antes de definir o novo homem que ficará responsável por liderar a Seleção da Argentina, a Comissão Normalizadora também deve se reunir ainda essa semana com Marcelo Bielsa. “El loco”, como é conhecido, conhece bem a função, pois ocupou o cargo de 1998 à 2004.

Miguel Angel Russo, campeão da Copa Libertadores da América com o Boca Juniors em 2007, e Jorge Burruchaga e Nery Pumpido, campeões no Mundial de 1986, também concorrem à vaga e já se encontraram com os dirigentes.

Com isso, apesar de todo o entusiasmo e a facilidade em rescindir seu contrato com o São Paulo, válido até o fim da atual temporada, Patón Bauza está longe de ser uma unanimidade, inclusive nas enquetes entre torcedores promovidas por sites argentinos, e só deve acabar como o escolhido em detrimento de desacordos da Comissão com outros nomes, hoje tidos como favoritos. Ao Tricolor do Morumbi, resta aguardar e cobrar foco de seu treinador, que não esconde estar com a cabeça no país de origem.

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