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Mustafá Contursi, conselheiro do Palmeiras, durante o lançamento da candidatura da empresária Leila Pereira, da Crefisa, ao Conselheira Deliberativo do Verdão, que acontece em um hotel na Região Central de São Paulo.

Mustafá diz não haver "nenhuma razão" para romper com Paulo Nobre

Gazeta Esportiva

Por Edoardo Ghirotto

São Paulo, SP
Mustafá Contursi, conselheiro do Palmeiras, durante o lançamento da candidatura da  empresária Leila Pereira, da Crefisa, ao Conselheira Deliberativo do Verdão, que acontece em um hotel na Região Central de São Paulo.

Mustafá lidera a chapa que lançou as candidaturas de Leila Pereira e Lamacchia (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)



Idealizador das candidaturas de Leila Pereira e José Roberto Lamacchia ao Conselho Deliberativo do Palmeiras, o ex-presidente Mustafá Contursi afirmou não haver "nenhuma razão" para romper com Paulo Nobre. O ex-mandatário se afastou da gestão de Maurício Galiotte após divergir sobre as pretensões políticas dos donos das patrocinadoras Crefisa/FAM.

Nobre tentou impugnar a candidatura de Leila ao Conselho nos últimos dias de seu mandato. Ele alega que a empresária tornou-se sócia do Palmeiras em 2015, o que a impediria de concorrer ao cargo. Respaldada por Mustafá, a executiva diz que integra o quadro do clube desde 1996.

A decisão sobre a impugnação caberá a Galiotte, que deverá autorizar a participação de Leila na eleição do dia 11. Assim como Lamacchia, a empresária concorre pela chapa "Palmeiras Forte", liderada por Mustafá. Como o pleito ocorre em sistema proporcional, o casal é visto como um puxador de votos para eleger outros correligionários do ex-presidente.

Na noite de quarta-feira, Mustafá foi uma das estrelas do banquete que marcou o lançamento da candidatura de Leila ao Conselho. Ele reiterou que o título de Leila foi entregue há 21 anos.




"Depois de mais de 65 anos de associado, conselheiro vitalício desde 1973, ex- presidente e sócio grão-benemérito... Depois de todas essas participações no Palmeiras, não tenho que discutir a credibilidade das minhas informações", afirmou.

Mustafá preferiu não comentar sobre o entrevero entre Leila e Nobre, mas procurou exaltar a importância do presidente que dirigiu o clube nos últimos dois biênios. "Paulo Nobre foi um presidente com grandes serviços prestados ao Palmeiras. Não há nenhuma razão para que ninguém rompa com ele", disse.

O ex-presidente também mostrou-se tranquilo com relação às movimentações de um grupo de conselheiros que tenta barrar a candidatura de Leila. "Esse pedido é de ordem administrativa e terá uma tramitação estatutária. O estatuto prevê medidas que decidirão sobre essa questão. No momento adequado, o Conselho será soberano para resolver a questão", declarou.

A empresária Leila Pereira, da Crefisa, durante o lançamento de sua candidatura ao Conselheira Deliberativo do Palmeiras, que acontece em um hotel na Região Central de São Paulo.

Leila Pereira deverá puxar votos para eleger correligionários de Mustafá ao Conselho (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)



Festejado pelos associados que compareceram ao banquete de Leila, Mustafá afirmou que não pretende ampliar seus poderes com o eventual sucesso eleitoral da chapa "Palmeiras Forte". "Sou 1 dos 300 avos do Conselho do clube. Eu não me considero nem forte nem poderoso. E nem pretendo ser. Só não irei contra os meus conceitos dentro do clube", disse.

Leila olha para frente - Questionada sobre as desavenças que acumulou com Nobre, Leila foi evasiva e afirmou que não tratará de temas espinhosos do passado. Em entrevistas, ela chegou a chamar o ex-presidente de "covarde".

"Eu fiz uma promessa que vou olhar para frente. Na minha vida, sou do partido PPF. Não sou de direita nem de esquerda, sou do partido para frente. Não gostaria de fazer comentários sobre o passado, quero pensar no Palmeiras para frente", declarou.

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