Comitê alivia culpa de Lochte; Polícia Civil garante que nadadores mentiram
Por Redação
São Paulo, SPO controverso caso envolvendo o nadador estadunidense Ryan Lochte e outros três atletas de sua equipe ainda parece não ter se encerrado. No entanto, segundo o coordenador de comunicação do Comitê Rio 2016, Mário Andrada, o episódio precisa ser esquecido, aliviando assim a cobrança em cima dos nadadores.
Nos últimos dias, Andrada chegou a se desculpar em nome do Comitê pelo assalto que Lochte e os demais nadadores alegaram ter sofrido. Após investigações da polícia apontarem para a possibilidade do referido crime não ter acontecido, o coordenador se recusou a retirar as desculpas, procurando ainda eximir os atletas da responsabilidade pelos depoimentos falsos.
“Eu não me arrependo de ter me desculpado. E não é necessário ouvir desculpas dele ou de outros atletas. Precisamos entender que essas crianças vieram aqui para se divertir. Vamos deixá-los um pouco em paz. Às vezes, você toma decisões que depois se arrepende. Eles foram se divertir, cometeram um erro, e a vida continua”, afirmou Andrada em um comunicado oficial do Comitê Olímpico.
Devido a controvérsias no depoimento que Ryan Lochte e James Feigen apresentaram às autoridades sobre o suposto assalto, a Justiça brasileira decretou na última quarta-feira que os nadadores não poderiam deixar o Brasil até que maiores investigações sobre o caso fossem realizadas.
Polícia Civil exige retratação dos nadadores com o povo carioca
Na contramão do que disse Mário Andrada, a Polícia Civil se pronunciou de maneira forte contra os nadadores, exigindo que os atletas se desculpem pelo ocorrido, e garantindo que os nadadores mentiram no depoimento inicial dado a polícia, com a versão do assalto.
“É a Justiça que vai determinar o que vai acontecer com eles. Esses atletas devem desculpas ao carioca. Não vou pedir que eles peçam desculpas aos policiais, mas peçam desculpa ao povo carioca. A única verdade no que eles disseram é que estavam bêbados”, afirmou Fernando Veloso, chefe da polícia civil do Rio de Janeiro, em entrevista ao RJTV.
Em poder da polícia se encontra uma gravação em vídeo de um posto de gasolina, onde é possível ver Ryan Lochte e os demais nadadores, claramente alcoolizados, na madrugada do episódio controverso.