Se as previsões se concretizarem, Swiatek acrescentaria esta Copa Suzanne Lenglen às que conquistou em 2020, 2022 e 2023. Seria também o seu quinto título de Grand Slam, já que também foi campeã do Aberto dos Estados Unidos em 2022.
- Uma final desigual -
No papel, a final parece muito desigual, entre duas tenistas com trajetórias muito diferentes.
Enquanto Swiatek é a atual rainha do saibro devido aos triunfos anteriores em Roland Garros, Paolini nunca havia chegado tão longe em um Grand Slam e no torneio de Paris, até este ano tinha a segunda rodada como seu melhor desempenho.
Iga Swiatek signe sa 20ème victoire consécutive à Roland-Garros 👊
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Aos 23 anos, a polonesa conquistou 21 títulos WTA e a italiana de 28 anos tem apenas dois.
Os resultados nos duelos anteriores entre os dois são especialmente eloquentes: Swiatek venceu as duas partidas que disputou no passado, em ambos os casos cedendo apenas três games, nas oitavas de final em Praga em 2018 (6-2 e 6-1) e na primeira rodada do US Open de 2022 (6-3 e 6-0).
Mas uma lembrança convida Swiatek a ser cautelosa: no ano passado ela também chegou à final como grande favorita, mas teve de fazer todos os esforços para derrotar a tcheca Karolina Muchova por 6-2, 5-7 e 6-4.
Nos passos de Nadal
Swiatek foi uma das figuras do tênis que marcou presença na última segunda-feira, 27 de maio, segundo dia desta edição de Roland Garros, acompanhando da tribuna a partida em que Rafael Nadal perdeu na primeira rodada para Alexander Zverev.
O motivo? Nadal é o seu ídolo, como ela própria destacou em diversas ocasiões, e vencer no sábado permitir a ela dar mais um passo para repetir a trajetória do maiorquino, 14 vezes vencedor deste torneio.
"Eu nunca imaginaria ser comparada ao Rafa porque para mim ele está acima de tudo, é uma lenda absoluta", disse Swiatek na quinta-feira depois de vencer com facilidade nas semifinais Coco Gauff, a próxima número 2 do ranking.
Assim como Nadal, Swiatek venceu seu primeiro Roland Garros aos 19 anos. Se ela conquistar seu quarto título do torneio em cinco anos, ficaria com apenas um a menos que o espanhol tinha na sua idade.
Se for campeã no sábado, Swiatek terá apenas quatro lendas do tênis à sua frente na lista dos campeões na França na 'era Open' (desde 1968): obviamente Nadal com seu recorde estratosférico de 14 títulos, mas também Chris Evert (7), Steffi Graf (6) e Bjorn Börg (6).
Paolini, a revelação
Para Swiatek, esta edição de Roland Garros foi uma caminhada tranquila, exceto em uma partida, na segunda rodada contra a ex-número 1 do mundo, a japonesa Naomi Osaka, onde ainda teve que salvar um match point.
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Paolini teve um percurso mais trabalhoso, mas foi a surpresa da competição, chegando a eliminar nas quartas de final a cazaque Elena Rybakina, número 4 do mundo e única que havia derrotado Swiatek este ano no saibro, em abril passado, em Stuttgart (Alemanha).
O ano de 2024 está sendo o da ascensão de Paolini, que já havia mostrado suas credenciais ao chegar às oitavas de final do Aberto da Austrália e vencer seu primeiro WTA 1000 em Dubai.
"Aprendi talvez um pouco mais tarde do que outras tenistas que sonhar é a coisa mais importante no esporte e na vida. Sonhei com esse momento", disse a jogadora toscana após vencer a semifinal na quinta-feira.
Ela é apenas a terceira italiana a chegar à final feminina de Roland Garros e pode ser a segunda do seu país a inscrever o seu nome na lista de campeãs, após o triunfo inesperado de Francesca Schiavone em 2010.
Paolini pode inclusive conquistar uma 'dobradinha' de títulos, já que nesta sexta-feira se classificou para a final de domingo do torneio feminino de duplas, ao lado da compatriota Sara Errani.