EUA abre investigação contra 23 nadadores chineses que testaram positivo em doping - Gazeta Esportiva
EUA abre investigação contra 23 nadadores chineses que testaram positivo em doping

EUA abre investigação contra 23 nadadores chineses que testaram positivo em doping

Gazeta Esportiva

Por AFP

05/07/2024 às 14:08

São Paulo, SP

Os Estados Unidos abriram uma investigação federal aos 23 nadadores chineses que testaram positivo no doping em 2021, mas não foram sancionados, um caso que abalou a modalidade em abril, segundo a World Aquatics (WA) nesta sexta-feira.

A antiga federação internacional de natação "pode confirmar que seu diretor-executivo, Brent Nowicki, recebeu uma intimação do governo dos EUA. Ele está trabalhando para planejar uma reunião com o governo, o que provavelmente evitará a necessidade de prestar depoimento perante um grande júri", indicou um porta-voz da instituição, ao ser questionado pela AFP.

A WA insistiu que seu presidente seja convocado como "testemunha" uma vez que as investigações "têm como objetivo a Agência Mundial Antidoping" (WADA, na sigla em inglês), centro das críticas por ter escondido os resultados positivos.

Em abril, a WADA protagonizou uma grande polêmica após a divulgação de que 23 nadadores chineses foram pegos pelo doping antes dos Jogos de Tóquio-2020 pela presença da substância trimetazidina, remédio para o coração proibido desde 2014 por seu potencial de melhorar a circulação sanguínea.

Os atletas, alguns dos quais competiram e conquistaram medalhas naquela competição, não foram suspensos ou sancionados visto que a WADA aceitou os argumentos das autoridades chinesas de que os resultados foram produto da contaminação de alimentos em um hotel.

A Agência Mundial Antidoping, com sede em Montreal, rejeitou as acusações de encobrimento lançadas então pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), enquanto a China também negou qualquer irregularidade neste assunto, que explodiu na preparação para os Jogos de Paris-2024 (26 de julho - 11 de agosto).

Na quinta-feira, a WADA se mostrou 'decepcionada" com esta investigação, afirmando não ter "recebido qualquer contato ou qualquer exigência das autoridades judiciais americanas", recordando "as preocupações manifestadas pela comunidade internacional" sobre a "jurisdição criminal extraterritorial" reivindicada pelos Estados Unidos em relação ao doping.

A líder mundial na luta contra o doping insistiu que no caso dos nadadores chineses, agiu "com diligência" e que consultou "especialistas científicos e jurídicos", sem encontrar argumentos para "responder ao cenário de contaminação'.

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