A caminho do 10º Pan, Cláudio Biekarck espera "subir na escadinha" em Lima
Por Redação
São Paulo, SPCaso conquiste medalha em Lima, no Peru, Biekarck, irá aumentar sua marca como o atleta com o maior número de participações nos Jogos Pan Americanos entre todas as modalidades e países e, ao mesmo tempo, torná-lo o medalhista mais velho da competição. Os recordes, no entanto, não o motivam, diferentemente do amor pela vela, que move sua continuidade.
"Eu não penso muito nisso. O prazer de estar na disputa é o mais importante. Bater recordes, ser o mais velho a vencer e conquistar medalha não me importa muito. O que me move é o gosto pela vela", disse Cláudio em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, onde também explicou que a presença de um barco próprio pode facilitar a vida da equipe.
"Será o segundo Pan que a gente leva um barco próprio, o que é muito bom. Temos uma expectativa grande de que o barco faça diferença, porque quando o barco é alugado tem um período de adaptação. Por isso a expectativa é boa e o objetivo é, acima de tudo, subir na escadinha. A posição é o de menos, tanto faz, porque depende da circunstância do momento", completou.
Aos 68 anos, o experiente velejador soma medalhas de ouro em Caracas (1983), prata na Cidade do México (1975), Mar del Plata (1995), e em Winnipeg (1999), e os bronzes em Indianápolis (1987), Havana (1991), no Rio de Janeiro (2007), em Guadalajara (2011) e Toronto (2015). Ao longo das nove participações, no entanto, apenas a primeira é considerada pelo atleta "diferente", mas a última a mais marcante.
"A primeira participação é a mais diferente. As outras oito acabam sendo meio parecidas. A expectativa, a preparação, é bem parecida, assim como será para esse 10º, que acredito que será o último. Acho que a hora que Lima acabar a sensação vai ser diferente de todas as outras, porque é o fim de uma fase importante da minha vida", explicou
"A última participação foi a que mais me marcou. Antes do último dia de regatas a gente estava em uma situação de estar mais próximo de não trazer medalha do que de trazer. Mas no último dia conseguimos trazer a medalha. Foi um momento de satisfação muito grande. Além dessa, o Pan que a gente tirou ouro. A dourada é sempre diferente das outras", finalizou Cláudio Biekarck.