Tite dá receita sobre seu trabalho e explica como lida com Neymar
Por Redação
São Paulo, SPDesde que o técnico Tite assumiu a Seleção Brasileira, é inegável que a equipe evoluiu muito e tem feito exibições de encher os olhos dos torcedores e tem chamado a atenção de boa parte do planeta. Pensando nisso, a Fifa entrevistou o comandante brasileiro e questionou como ele consegue fazer com que a equipe siga jogando bem após tantos meses.
"Ao desafiar os jogadores a alcançar a excelência, para ser melhor e melhor independentemente de termos qualificado ou não. Ao desafiá-los a ser melhor do que a oposição, para ser mais competitivo, mais leal. Quando você exige desempenho, os jogadores levantam seu jogo tecnicamente. Mas se você colocar toda a ênfase nos resultados, isso reduz seu nível. Não podemos controlar o resultado final, mas podemos controlar o desempenho. Sou um treinador que exige um desempenho do mais alto nível. Talvez esse seja o combustível que a Seleção precisa continuar desenvolvendo", avaliou.
Outra característica da equipe que tem chamado a atenção desde que Tite assumiu o cargo de treinador é o fato de Neymar estar desempenhando um ótimo futebol com a camisa amarela. Questionado como faz para lidar com o camisa 10, o técnico explica que a sua estratégia é uma divisão igualitária de responsabilidades.
"Não colocar a responsabilidade total de sua situação nem confrontá-lo com a responsabilidade. Dividir com os integrantes do time cada parcela de responsabilidade. Senão é muito fácil, deixar a responsabilidade para um top 3 do mundo. A responsabilidade de tudo que acontece é um pouco de cada um de nós. E aí as individualidades e o talento criativo vão aparecer. Fazer disso uma essência de trabalho coletivo, não individual", revelou.
Tite comentou ainda sobre a pressão recebida ao assumir a condição de treinador da Seleção Brasileira. O gaúcho explicou que já esperava uma enorme cobrança, porém só teve a real dimensão quando ocupou o cargo.
"Eu achava que teria muita pressão, mas não tanta quanto de fato há. Toda a responsabilidade, estar sob os olhares do público, o quanto o País segue a seleção... Na teoria, é uma coisa. Mas viver isso é algo completamente diferente", completou.