"Tomamos a decisão de ficar não porque estamos confortáveis, mas porque acreditamos que é o que temos que fazer para que os acordos sejam levados adiante", disse Paredes em entrevista coletiva na véspera do jogo contra a seleção sueca, pela fase de grupos da Liga das Nações. "Também por responsabilidade em relação a nós e à seleção sub-23, porque seria passar para elas uma bomba", acrescentou.
As jogadoras, após terem sido convocadas mesmo depois de dizerem que não queriam servir à seleção, aceitaram se apresentar depois do acordo firmado na quarta-feira com o Conselho Superior de Esportes (CSD) e a RFEF para que sejam feitas mudanças estruturais na federação, após o escândalo do beijo do ex-presidente Luis Rubiales na atacante Jenni Hermoso.
"A reunião do outro dia vai marcar um antes e um depois", afirmou a ganhadora de duas Bolas de Ouro, Alexia Putellas. "Os acordos farão com que nosso esporte, o esporte feminino e, em consequência, a sociedade, sejam muito melhores", acrescentou.
🔴 Declaración de principios ante una nueva etapa:
✔️ Gobernanza
✔️ Transparencia
✔️ Igualdad
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— RFEF (@rfef) September 20, 2023
"Sabemos que há coisas que levam algum tempo, mas mudanças já estão acontecendo", ressaltou Paredes, depois que a RFEF demitiu na noite de quarta-feira seu secretário geral, Andreu Camps, estreito colaborador de Rubiales.
Diante de algumas especulações na imprensa, Alexia Putellas negou que as jogadoras pediram a saída da treinadora Montse Tomé, auxiliar do demitido Jorge Vilda, que o sucedeu no cargo.
"Nunca pedimos a demissão nem a saída de um treinador, nunca. O que fizemos foi transmitir preocupações e conceitos com os quais o vestiário não se sente confortável", afirmou Putellas.
Ambas as jogadoras admitiram que não estão nas melhores condições físicas para jogar na sexta-feira contra a Suécia.
"Estamos há várias semanas dormindo muito pouco", disse Paredes.
Espanha e Suécia vão se enfrentar em Gotemburgo pela Liga das Nações, torneio que dá vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.