O líder da seleção argentina pretende voltar a encher de glórias a 'Albiceleste', campeã mundial pela última vez no México, em 1986, um ano antes de seu nascimento.
A edição do Catar é uma oportunidade de apagar a dolorosa eliminação nas oitavas de final em 2018, e, sobretudo, a derrota na final para a Alemanha em 2014.
Diante da última chance na Copa do Mundo e embalado pela vitória na Copa América em 2021, Messi vem se saindo bem no Paris Saint-Germain, com 12 gols e 13 assistências em 17 partidas, em comparação à sua primeira temporada sem brilho no clube.
"Me sinto muito bem fisicamente no momento. Melhor do que no ano passado, quando cheguei ao PSG. Mas quando eu disse que essa poderia ser minha última Copa do Mundo, fiz isso por uma questão lógica de idade. Depois que terminar, veremos”, disse em entrevista à DirecTV Sports.
"Para nós, como para todos os argentinos, é difícil ficar tranquilo, porque agora somos candidatos ao título. Vamos lutar, estamos preparados para enfrentar qualquer um", acrescentou.
Considerado o sucessor de Diego Maradona, Messi parece ter encontrado um elenco capaz de ajudá-lo a render o seu melhor e permitir que seja peça decisiva na equipe, mas sem necessariamente ser um "salvador", o que lhe permitiu jogar com menos pressão.
Omar Larrosa, campeão do Mundo com a Argentina em 1978, disse à AFP que acredita que Messi está em harmonia com os jogadores da seleção e vice-versa.
"Parece que (Messi) vai jogar uma Copa do Mundo diferente. Ele está jogando, armando o time e fazendo seus companheiros jogarem, quando em outras Copas do Mundo seus companheiros sempre lhe deram a bola. Acho que ele está indo muito bem. Você não precisa pedir muito mais", disse.
Recordista
Lionel Scaloni, técnico da seleção argentina, disse há duas semanas que Messi "está bem, está alegre, em um time (PSG) que eu acho que encontrou uma maneira de jogar que o entende. Acho que ele deu um passo à frente em sua equipe. Estamos felizes por seu momento".
Com 90 gols em 164 partidas, Messi é maior artilheiro da 'Albiceleste' e o que tem mais aparições pela equipe. Até o momento, o argentino coleciona 40 títulos oficiais por clubes.
Ao longo de 17 anos no Barcelona, Messi marcou 672 gols em 778 partidas. Foram 34 conquistas só no clube catalão: 10 Campeonatos Espanhóis, sete Supercopas da Espanha, sete Copas do Rei, quatro Ligas dos Campeões, três Mundiais de Clubes e três Supercopas da Europa.
Entre suas conquistas pela seleção estão uma Copa do Mundo Sub-20 em 2005, os Jogos Olímpicos de 2008, a Copa América 2021 e a 'Finalíssima' em 2022.
Já pelo PSG, o camisa 30 tem um Campeonato Francês e uma Supercopa da França, ambos em 2022.
Sua quinta Copa do Mundo
No Catar, Messi vai tentar igualar a marca de Lothar Matthaus com mais partidas em uma Copa do Mundo (25). Com 19 jogos, precisaria chegar ao menos às semifinais, porém, se disputar os três duelos da fase de grupos, já vai superar a marca de Maradona (21).
As cinco aparições na competição já se igualam ao recorde de jogadores como Matthaus e os mexicanos Rafael Márquez e Antonio Carbajal, feito que também pode ser alcançado por Cristiano Ronaldo.
Para o ganhador de sete Bolas de Ouro, as estatísticas e os vários recordes que o colocam no topo não importam tanto em comparação ao troféu inédito de campeão do mundo, conquista que imortalizou Maradona há 36 anos.