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Foto: Nelson Almeida/AFP

Chape garante indenizações, pede ajuda, vai a campo e ganha sócios

Gazeta Esportiva

Por Redação

São Paulo, SP
A Chapecoense teve de agir rápido e compor uma nova cúpula diretiva depois do trágico acidente aéreo que acabou causando a morte de boa parte da equipe de direção, além de jogadores, membros da comissão técnica, jornalistas e pessoas ligadas ao clube de alguma forma. Todos estavam viajando rumo a Medellín, na Colômbia, onde o time catarinense abriria os confrontos com o Nacional pelo título da Copa Sul-americana. Assim, nesta quarta-feira à tarde, na sala de imprensa da Arena Condá, diversos assuntos referentes aos próximos passos foram abordados. Obviamente que faltaram respostas para todas as questões, mas, a Chapecoense esclareceu algumas situações, como a questão so seguro de vida das famílias que perderam parentes no acidente.

“Hoje nós estamos tratando da questão humanitária das famílias. Em um segundo momento iremos pensar na estruturação da equipe e nas medidas judiciais cabíveis”, avisou o novo presidente em exercício, Ivan Tozzo. “A Chapecoense está protegida pelo artigo 45 da Lei Pelé. Temos a tranquilidade de que todos serão reparados neste sentido. Todos os atletas e funcionários têm seguro. Existem três seguros. Todos eles já estão encarregadas para disponibilizar o pagamento das indenizações”, explicou Luiz Antônio Palaoro, vice-presidente jurídico do clube.

Além disso, a Chapecoense agradeceu todas manifestações de apoio em um dos momentos mais tristes da história do futebol mundial e não se refutou a aceitar a ideia de boa parte dos clubes da Série A, que consiste em protocolar o pedido para que a Chape tenha o direito de jogar sem risco de ser rebaixada e com jogadores emprestados de forma gratuita.

“O que se sabe é que existe por parte de dez clubes já a ideia da manutenção da Chapecoense por três anos na Série A. A partir disso, alguns times da Série A estão disponibilizando jogadores para reconstruir o departamento de futebol da Chapecoense”, disse Gelson Dalla Costa , vice-presidente do Conselho Deliberativo. “Tozzo (presidente) e (Plinio) Davi (presidente do Conselho) irão formar a nova chapa para decidir a nova comissão técnica e o departamento de futebol. A partir do momento que a CBF protocolar o pedido contra o rebaixamento, isso entrará no nosso planejamento”, completou.

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Quanto à dúvida sobre a última rodada do Campeonato Brasileiro, o novo mandatário do clube garantiu que, depois de uma conversa com o presidente da CBF, Marco Pollo del Nero, não existe mais dúvida de que o time entrará em campo contra o Atlético-MG, dia 11, às 17 horas, na Arena Condá, pela 38ª rodada.

“Conversei com o Del Nero e falamos o seguinte: Contra o Atlético-MG faremos um grande evento em Chapecó. Falei: ‘Não teremos 11 jogadores’. Mas ele insistiu para eu colocar os jogadores que se recuperam do departamento médico e os atletas das categorias de base. Não importa o resultado e sim a homenagem”, contou Ivan Tozzo, que também fez questão de ressaltar o orgulho pela forma como a Chapecoense está preparada para se reerguer.

“Nosso clube está bem estruturado. Nunca gastamos mais do que recebemos. Em 2005 o clube quase fechou, estava atolado em dívidas. Sempre perguntam como conseguimos, mas não fizemos nada de diferente. Somos estruturados, sempre tomamos as decisões juntos. Claro que vamos perder muito e teremos que começar do zero ano que vem, mas, estamos estruturados”, afirmou Tozzo, sem exagerar para a arrogância. Não é segredo que apesar de uma condição financeira saudável, a Chape precisa e pede ajuda.

“Nosso clube tem um dos menores orçamentos do Brasil em termos de receita. E nós não somos um time de grande expressão no Brasil. Precisaremos de um apoio dos clubes, da Rede Globo (detentora dos direitos de transmissão) e da CBF na reconstrução do time. Perdemos todos os valores, teremos que começar do zero. A partir da semana que vem teremos que pensar, mas não temos nem 11 jogadores para colocar em campo. Precisamos de apoio de todos”, continuou. “Nós, a partir da semana que vem faremos um novo planejamento e, com toda a humildade, aceitaremos todas as sugestões de ajuda”, esclareceu Tozzo.

E essa ajuda já começou a aparecer. E, por incrível que pareça, não por meio de dirigentes de outros clubes ou federações. A comoção popular no mundo todo tomou tal dimensão que a Chapecoense ganhou em poucos horas muitos novos sócio-torcedores, que além da empatia, também querem ajudar de alguma forma nesse recomeço.

“Ontem abrimos o site e montamos um novo programa de sócios para quem quisesse ajudar e recebemos em um dia 13 mil sócios fora de Chapecó. Antes, tínhamos nove mil pagantes. Estes novos entrarão como sócios contribuintes”, revelou o vice-presidente financeiro do clube.

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