"Não recuaremos um centímetro sobre essas questões, porque a credibilidade do futebol, também ferido por comportamentos discriminatórios, tem um impacto direto na sociedade italiana", disse em comunicado o presidente da FIGC, Gabriele Gravina - ele assinou um texto em conjunto com os ministérios do Interior e dos Esportes da Itália.
No documento assinado, o mundo do futebol se compromete a "não dar a jogadores a camisa com o número 88, considerado como uma referência explícita na simbologia nazista".
Nos grupos neonazistas, esse número é utilizado para dizer "Heil Hitler". A letra "H" é a oitava letra do alfabeto.
Dois jogadores usaram esse número na temporada passada na Serie A: o meio-campista croata Mario Pasalic, da Atalanta, e seu compatriota Toma Basic, meia da Lazio.
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Na carta assinada nesta terça-feira, que enumera 13 pontos, o futebol italiano também prevê como poder paralisar um jogo em caso de "cânticos, atos e expressões antissemitas" nos estádios.
Em março, depois do clássico entre Roma e Lazio, a presidente da comunidade judaica da capital italiana, Ruth Dureghello, denunciou comportamentos antissemitas de torcedores da Lazio.
Uma fotografia mostrava um homem nas arquibancadas usando uma camisa com o nome "Hitlerson" e o número 88. Dois dias depois do episódio, esse torcedor foi identificado e banido "para sempre" pela Lazio.
Em setembro do ano passado, também foram ouvidos cânticos antissemitas entre torcedores da Juventus e da Inter de Milão.