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Técnicos de Palmeiras e Santos pedem um calendário mais organizado no futebol feminino: "É um desafio"

Gazeta Esportiva

Por Victória Romanelli e Vinícius Baldin

São Paulo, SP
Palmeiras e Santos vão fechar a temporada 2022 do futebol feminino do Brasil com a disputa das finais do Campeonato Paulista. Neste sábado e na próxima quarta-feira, os dois rivais lutarão por um título depois de passarem por ano cheio de desafios com relação ao calendário de jogos, especialmente o clube alviverde. Para os próximos anos o pedido dos técnicos dos dois times é por mais organização na hora de preencher as datas com as competições.

Ricardo Belli, treinador do Palmeiras, contou o que passou em 2022, um ano que teve a conquista inédita da Copa Libertadores. "Esse ano para nós o calendário foi realmente um desafio. A gente teve que quebrar a cabeça para poder preparar. O primeiro semestre, no qual ainda não estava (no comando), teve mais semanas livres e no segundo, para nós, por conta da Libertadores, ficou bastante congestionado. Foi um desafio. Na Libertadores, além do desgaste físico, teve a altitude (no Equador), que conta muito. E teve ainda um surto de covid no plantel", explicou.

"O calendário está desse jeito e nós temos que quebrar a cabeça. Temos que lidar com situações. Como a da Poli (Poliana), que sofreu uma lesão que não é grave, mas é uma lesão por conta do acúmulo de jogos. Estamos falando de um jogo em alta intensidade. A gente tem que estar sempre se desafiando", prosseguiu o técnico alviverde.

Foto: Divulgação/FPF



Belli pede que os dirigentes reflitam sobre o assunto. "Clubes, federações, entidades precisam pensar juntos. Para o ano que vem, ainda não sabemos quando será a Libertadores. Tem a Copa do Mundo (em junho). Vai ser um ano desafiador. Espero que se reúnam e divulguem logo para nós", completou.

Os questionamentos do técnico do Palmeiras foram compartilhados por Kleiton Lima, comandante do Santos. "Os treinadores têm conversado, sim, a gente tem falado bastante sobre isso. Mas fica sempre para as entidades, né? Poderiam fracionar as competições para que possamos ter um calendário cheio. Importante para o futebol feminino ter um calendário para que possamos traçar metas", afirmou.

"O que vejo como grande problema são essas grandes pausas nesse interim do começo ao final da temporada. Aí ficamos sem grandes jogadoras que podem estar na Seleção, outras se recuperando, outras com minutagem alta. Importante será ter um calendário ganhando toda a extensão da temporada. Acredito que tanto a Federação (FPF) como a CBF tem trabalhado bastante para que possamos ter cada vez mais uma evolução nesse sentido", finalizou.

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