Em um primeiro momento, a entidade alegou que a confusão se deu por conta dos "milhares de ingressos falsos" que bloquearam os acessos às arquibancadas reservadas para a torcida do Liverpool.
A Uefa prometeu "examinar a tomada de decisões, as responsabilidades e os comportamentos de todas as partes envolvidas na final".
A investigação foi confiada a uma personalidade independente, o ex-ministro de Educação, Juventude e Esportes de Portugal, Tiago Brandão Rodrigues.
UEFA commissions independent report into events surrounding UEFA Champions League final.
— UEFA (@UEFA) May 30, 2022
Confusão que atrasou a final
No sábado, diante da impossibilidade de todos os torcedores com ingressos entrarem a tempo, o início jogo entre Liverpool e Real Madrid foi atrasado em 36 minutos, mas as cenas de caos nos arredores do estádio deram a volta ao mundo.
Tumulto, tentativas de invasão, torcedores - entre os quais crianças - tratados com brutalidade pelas forças de segurança ou sendo vítimas de roubos. "Foi tudo absolutamente horrível", contou o deputado britânico Ian Byrne, que estava no local, ao canal Sky News.
Alguns torcedores só chegaram às arquibancadas depois do início da partida, enquanto outros nem conseguiram entrar no estádio, segundo vários relatos nas redes sociais.
Diante das críticas, que arranham a imagem da França como anfitriã dos Jogos Olímpicos de Paris, o ministro do Interior do país, Gerald Darmanin, mencionou uma "fraude massiva, industrial e organizada de ingressos falsos" procedentes "do outro lado do Canal da Mancha (que separa a Grã-Bretanha da França)".