Apesar da disponibilidade de Roger, Osmar Loss novamente preferiu armar seu time sem um centroavante de origem. O plano certamente não previa uma dificuldade tão grande na transição entre a defesa e o ataque. Os excessivos erros na saída de bola dos corintianos colaboraram para a pressão flamenguista na primeira metade do primeiro tempo.
O time rubro-negro tentava encontrar os espaços pelas laterais. Mantuan teve muito trabalho contra o abusado Vinicius Júnior, mas sobreviveu bem ao teste de fogo. Sem conseguir infiltrar, os cariocas forçaram além da conta as jogadas de bola aérea, e nesse quesito a defesa alvinegra também se comportou bem.
O panorama do clássico se alterou depois dos 33 minutos, e não por ação pensada de nenhum dos técnicos. Uma lesão na coxa direita de Jadson culminou com a entrada de Roger e forçou o Corinthians a mudar sua postura em campo. Sorte de Loss, que passou a assistir seu time com mais posse de bola e perigoso nas ações ofensivas.
Apesar das estratégias bem definidas e do clima favorável no Maracanã, o duelo das duas maiores torcidas do Brasil foi para o intervalo sem gols e sem ações efetivas dos dois goleiros.
O ritmo se manteve na etapa final. Lucas Paquetá, como de costume, se doava no gramado molhado, Diego chamava a responsabilidade, enquanto Éverton Ribeiro e e Henrique Dourado pouco faziam.
Do outro lado, Rodriguinho, talvez a maior esperança dos visitantes, vivia péssima tarde, errando praticamente tudo que tentava. Mateus Vital, de volta ao Rio desde sua saída do Vasco, não mostrava algo tão diferente. Pedrinho é quem carregava o ataque alvinegro, mas novamente acabou substituído por Marquinhos Gabriel.
Sem muito brilho, com mais luta do que futebol, mais erros do que acertos, o jogo seguiu arrastado. O Flamengo ao menos continuou na luta por um gol, insistiu, se lançou contra um Corinthians que aparentemente se satisfazia com o empate fora de casa.
O castigo pela falta de ousadia dos alvinegros se coincidiu com o prêmio pela coragem rubro-negra. Perto do fim, Lucas Paquetá obrigou Walter a executar grande defesa. O goleiro, no entanto, não conseguiu espalmar para fora, e a bola sobrou limpa para Felipe Vizeu estufar as redes pouco depois de entrar no lugar do vaiado Henrique Dourado.
Osmar Loss, na base do desespero, tentou o empate até com Kazim, mas era tarde demais e o Corinthians não tinha criatividade nesse domingo para chegar ao gol. Quando esteve mais perto de balançar as redes, o árbitro Anderson Daronco resolveu encerrar o jogo, apesar da bola dentro da área, nos pés de Roger, de frente para Diego Alves. Assim, o clássico terminou com muita reclamação dos paulistas, enquanto os flamenguistas não se poupavam na comemoração da vitória.
Na próxima rodada, as duas equipes têm clássicos regionais pela frente. Enquanto o Timão recebe o Santos às 21h da quarta-feira, em Itaquera, o Mengão visita o Fluminense, às 20h de quinta, no Mané Garrincha.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 1 X 0 CORINTHIANS
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 3 de junho de 2018, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Júnior (RS)
Cartões amarelos: Jonas, Diego, Renê (Fla); Balbuena (Cor)
Público: 44.075 pagantes / 49.222 total
Renda: R$ 2.033.277,00
GOL
Flamengo: Felipe Vizeu, aos 34 minutos do 2T.
FLAMENGO: Diego Alves; Rodinei, Léo Duarte, Rhodolfo e Renê; Jonas, Lucas Paquetá, Diego, Everton Ribeiro (Jean Lucas) e Vinícius Júnior (Marlos Moreno); Henrique Dourado (Felipe Vizeu)
Técnico: Maurício Barbieri
CORINTHIANS: Walter; Mantuan, Balbuena, Henrique e Sidcley; Gabriel (Kazim) e Maycon; Pedrinho (Marquinhos Gabriel), Jadson (Roger), Rodriguinho e Mateus Vital
Técnico: Osmar Loss