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Emily Lima afirma que apoiou Ludmila em momento complicado com seleção (Foto: All Sports Photo Agency/Divulgação)

Emily Lima revela que jogadora já se sentiu ofendida na Seleção

Gazeta Esportiva

Por Victoria Leite*

São Paulo, SP

Emily Lima afirma que apoiou Ludmila em momento complicado com Seleção (Foto: All Sports Photo Agency/Divulgação)



Erramos: "Emily Lima revela que jogadora já se sentiu ofendida na Seleção"

A treinadora Emily Lima foi demitida do cargo de comandante técnica da Seleção feminina, na última sexta-feira, por conta de alguns resultados recentes com o time das meninas que representam as cores do Brasil. Apesar disso, a comandante tem mais de 20 anos de experiência com a modalidade e afirmou que criou laços com as jogadoras, principalmente com quem já teve contato em outras equipes, como no caso da Ludmila, durante seu trabalho no São José. Ao afirmar que não teve respaldo enquanto técnica da CBF pelo coordenador Marco Aurélio Cunha, Emily também revelou algo que a deixou bem chateada com relação a atacante de 22 anos, convocada frequentemente.

"Uma vez, a Ludmila, que era uma atleta nossa do São José, estava sendo convocada para Seleção brasileira e foi muito maltratada pelo coordenador técnico e me ligava diariamente chorando. E eu falava: Fica firme, faz o que eles estão te pedindo, aguenta firme aí. Mas ela disse que era absurdo o que falavam para ela, que ela não soltava a bola, que ela não sabia nem dominar. Ela retornou da Seleção, tivemos um jogo contra o Corinthians e a Ludmila fez os dois gols, acabou desabafando numa matéria e vieram me perguntar. Eu disse o que precisava ter sido dito, que não podemos deixar as coisas aconteceram desta forma com a nossa modalidade. Aí começaram os problemas", disse a ex-técnica da Seleção quanto à primeira jogadora brasileira a ser transferida para o Atlético de Madrid.

LEIA MAIS: Emily Lima questiona decisão da CBF: "Transição com quem? Vadão?" 

Além desta polêmica, outras tantas relacionam o nome da treinadora com o do médico e responsável pelo futebol feminino da CBF. Emily conta que desde que chegou ao cargo de técnica, imaginava que teria estes tipos de problema com o doutor. "Quando saiu meu nome na Seleção, eu sei, por pessoas de lá dentro (CBF), que ele (Marco Aurélio) disse que não queria", ressaltou. "Ele sempre repete: 'Eu tenho 30 anos de futebol', mas não sabe nada de futebol feminino. Também não aprendi nada com essa pessoa de 30 anos", acrescentou.

"Eu não sei se o fato de ser mulher, pegou alguma coisa. Nem gosto de pensar nisso. Acredito muito na competência do profissional, independentemente se é homem ou mulher. Já tive problemas com ele, quando eu estava no São José, mesmo. Eles tinham feito um absurdo, queriam dar continuidade a essas coisas erradas que estavam fazendo. Eu estava no São José e tinha uma atleta que ia disputar Libertadores, que estava na Seleção Sub-20. Eu liguei para a coordenação da Seleção e epdi uma explicação, do porquê a nossa atleta não tinha sido liberada enquanto a atleta da Ferroviária (equipe que disputou semifinal com o São José). O clubismo dentro da Seleção era notório", revelou.




Ainda assim, Emily afirma que tentou fazer de tudo para dar mais visibilidade ao futebol feminino como um todo. Para ela, ainda há muitas questões a serem resolvidas dentro da instituição, para que a modalidade possa de fato evoluir. "Tudo é extremamente diferente. O futebol feminino não é tratado como o futebol masculino. É diferente, é segundo plano. Eles falam: 'Vamos ver se conseguimos, vamos tentar', nunca era 'vamos resolver'", enfatizou.

Especial para a Gazeta Esportiva*

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