No caso de Mosquito, o atacante pediu uma rescisão unilateral de maneira indireta, que o empregador dá causa à rescisão. O jogador alega que o Timão não pagou FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e também tinha atrasados relativos a direitos de imagem e luvas.
Contudo, o Corinthians quitou as pendências com Gustavo Silva e também com Arthur Sousa. Desta forma, os juízes responsáveis pelos casos negaram as liminares, por não considerar a necessidade de imediatismo para resolver a questão. A Justiça quer escutar o Timão e entender os processos antes de tomar uma decisão.
O advogado de Mosquito relatou à Justiça que o clube pagou os valores em aberto após o atleta entrar com ação, o que derruba o objetivo do processo, mas não cancela a possibilidade de rescisão. O atacante não treinou mais com o elenco, assim como Arthur Sousa.
Os juízes, agora, primeiramente, vão avaliar se houve a rescisão indireta ou pedido de demissão. Enquanto a Justiça não definir o caso, Gustavo Mosquito e Arthur Sousa não poderão jogar por nenhum clube.
Se os juízes entenderem que não houve rescisão unilateral e o jogador pediu demissão, ele terá que pagar uma multa equivalente a duas mil vezes o seu salário. Ou seja, um valor praticamente impagável.
Neste caso, o atleta ficaria 'na mão' do Corinthians. Ele precisaria convencer um outro clube a pagar esta multa para contratá-lo ou voltar atrás, retirar a liminar e pedir 'desculpas' ao Timão. E ainda teria que torcer para o time aceitar o pedido de perdão.
Os juízes, até o momento, entendem que o caso tem contradições e querem aguardar pela resposta do Corinthians. A Justiça deu prazo para que o clube se manifeste e, sem a liminar, já indeferida pela Justiça, Mosquito e Arthur Sousa não podem jogar por nenhuma equipe.
As partes ainda podem recorrer das decisões que serão tomadas pela Justiça. O processo, portanto, pode levar meses. De qualquer forma, os atletas não têm treinado com o restante do plantel corintiano.