O lançamento do dardo masculino do Brasil tem tido um crescimento exponencial, muito pela disputa interna, desde as categorias de base, entre Luiz Maurício e Pedro Henrique Nunes (Endurance Sports-AM), que ficou com a medalha de prata (77,12 m). Arthur Curvo (AABB-MT) foi bronze, com 72,22 m.
Luiz Maurício e Pedro Henrique chegaram ao Troféu Brasil dentro da área de classificação para o ranking olímpico de pontos, mas Luiz estava na posição limite, na última das 32 vagas disponíveis para a prova nos Jogos de Paris.
"Seria tudo ou nada, mas deu tudo certo. Quando lancei 82 metros (na segunda tentativa) já deu um alívio. Estou muito feliz com o resultado", afirmou Luiz. Nem o frio e a garoa da tarde paulistana atrapalharam. "Nem vi o clima! Sabia que ia ser guerra, ia ser loucura. Eu tinha que fazer meu resultado!".
Luiz Maurício começou no atletismo no Cria UFJF, projeto de extensão da Faculdade de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Juiz de Fora, sua cidade natal, aos 11 anos. Em 2020, quando a universidade fechou por causa da pandemia, recebeu o convite para treinar na Escola de Educação Física do Exército (EsEFex), no Rio de Janeiro, com o técnico Fernando Barbosa de Oliveira.
Agora, o Brasil tem dois atletas do dardo que já lançaram acima dos 85 metros. Em maio, na final do Campeonato Ibero-Americano, disputado em Cuiabá (MT), Pedro Henrique, de 25 anos, bateu o recorde brasileiro e sul-americano da prova, ao lançar 85,11 m. "A gente está fazendo história – falo por mim, e também pelo Luiz. São dois atletas lançando 85 metros", disse o amazonense.