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Ivan Grava pediu demissão após ter decisão questionada pela direção do Corinthians

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

São Paulo, SP
O pedido de demissão de Ivan Grava causou forte impacto nos bastidores do Corinthians e escancarou ambiente pouco harmonioso entre o médico, a direção do clube e parte do elenco, algo que já vinha se arrastando há alguns meses.

O último surto de covid-19 na equipe principal foi a gota d'água para a relação profissional ser interrompida.

Como antecipado pela Gazeta Esportiva, Ivan Grava estava insatisfeito com o comprometimento e cuidado com os protocolos de prevenção ao coronavírus, principalmente por parte dos atletas.

Além disso, uma divergência interna na última semana tornou a continuidade do trabalho impossível, na visão do médico.

A divergência

A reportagem apurou que Ivan Grava foi questionado sobre o motivo para os jogadores afastados devido a covid-19 não serem liberados para retornar aos treinos a partir do décimo dia de infecção.

As autoridades de saúde permitem atletas assintomáticos a retomarem à rotina de trabalho coletivo após o cumprimento deste período de isolamento sob a justificativa de que o risco de transmissão é ínfimo.

Ivan Grava assumiu a responsabilidade pela decisão de manter alguns jogadores fora de ação por um tempo maior do que os 10 dias.

Os argumentos do médico, no entanto, não foram bem aceitos e houve o pedido para o protocolo indicado pelas autoridades ser seguido à risca, medida que possibilitaria a utilização dos jogadores de maneira mais rápida.

Ivan, portanto, já incomodado com a postura dos jogadores, decidiu que não ficaria se não tivesse sua posição respaldada pela direção do clube.

Falta de confiança

O pedido de demissão de Ivan Grava pode até parecer uma atitude abrupta e radical, mas ele também é reflexo de uma relação desgastada.

Durante a última temporada, outras decisões do então médico do Corinthians foram alvo de embates e discussões no CT Joaquim Grava. A relação de confiança no trabalho estava abalada, inclusive sobre escolhas para tratamentos de lesões.

Em novembro do ano passado, por exemplo, quando Cássio sentiu a coxa no aquecimento, antes da partida com o Coritiba, no Paraná, o Corinthians foi obrigado a escalar Walter de última hora e ficou apenas com Cássio, sem condições ideias, no banco de reservas.

A situação causou estranheza e, no dia seguinte, Cássio foi afastado com um diagnóstico de contratura muscular. O episódio chegou a colocar a demissão de Ivan Grava em pauta, mas o assunto foi superado.<p>

Climão pelo pai

A ruptura causou também um "climão" para o Dr. Joaquim Grava, pai de Ivan e atual consultor médico do clube. Por ora, não há nenhum movimento para a saída de Joaquim, que deve continuar à frente do departamento médico corintiano.

O Corinthians promoveu neste domingo o médico Michel Youseff Muniz Domingos, que estava trabalhando junto as categorias de base. Ele se juntará a Dr. Ana Carolina Ramos e Côrte.

O Dr. Eures Soncini Facci, coordenador médico da base, vai substituir, temporariamente, o Dr. Júlio Stancati, que se recupera de covid-19.


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